Quase um quarto dos portugueses vítima de «stalking» - TVI

Quase um quarto dos portugueses vítima de «stalking»

Saiba o que é

Em estudo de vitimização por stalking(assédio persistente) em Portugal indica que 20 por cento da população foi vítima desse assédio persistente ao longo da vida e que a maioria são mulheres, com idades compreendidas entre os 16 e os 29 anos.

Stalking é um padrão de comportamentos de perseguição e de assédio persistente, podendo estar contemplado neste padrão formas diversas de comunicação, contacto, vigilância ou monitorização. Mesmo que as perseguições e assédios persistentes parem, a vítima está sempre em alerta, porque este tipo de violência é intermitente e a vítima nunca sabe quando vai voltar a aparecer.

«São números alarmantes», disse à agência Lusa a investigadora no estudo, Helena Grangeia, que apresenta este sábado, no Porto, os resultados do inquérito representativo, intitulado «Estudo de vitimação por 'stalking' na população portuguesa», no âmbito do V Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Psicologia da Justiça.

Dos 1210 participantes, com uma média de idades de 44 anos, 25 por cento das vítimas de stalking são mulheres e 13 por cento são homens.

Segundo o inquérito, a prevalência ao longo da vida em função do grupo etário demonstra que 27 por cento das vítimas têm entre 16 a 29 anos.

Os stalkers (perpetuador do assédio/perseguição), são maioritariamente do sexo masculino (68 por cento).

A relação da vítima e do stalker é principalmente por serem «conhecidos», «colegas», «familiares» ou «vizinhos» (40 por cento), mas 32 por cento dos casos remete para pareceiros íntimos atuais ou do passado.

Os comportamentos de assédio persistente podem passar por o stalker tentar entrar em contacto com a vítima, através de cartas, e-mails ou telefonemas indesejados (79 por cento), por parecer em locais habitualmente frequentados pela vítima (59 por cento), perseguirem a vítima (46 por cento), ameaçar a vítima ou terceiros (26 por cento) ou agressões à vítima (21 por cento), escreve a Lusa.

Um inquérito online feito a 3.367 universitários portugueses conclui que 34,5 por cento dos inquiridos foi vítima de stalking e a maioria das vítimas experienciou «muito medo», revela o estudo da Universidade do Minho a que a Lusa teve acesso.
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