Cheias: caudal do Douro desce, mas aviso vermelho mantém-se - TVI

Cheias: caudal do Douro desce, mas aviso vermelho mantém-se

Água está a descer, mas tudo depende das descargas das barragens espanholas ao final da tarde

O caudal do rio Douro desceu “cerca de um metro” durante a madrugada desta quinta-feira, no Peso da Régua, mas a região continua em aviso máximo para o risco de cheias. 

O responsável pela proteção civil municipal, Manuel Saraiva, disse à agência Lusa que se mantém a situação de "aviso vermelho” para o rio Douro, emitido na quarta-feira pela Autoridade Marítima Nacional.

No entanto, segundo acrescentou, a situação na cidade do Peso da Régua, distrito de Vila Real, “evoluiu favoravelmente” esta madrugada, registando-se a “descida em cerca de um metro” do caudal do rio.

Manuel Saraiva salientou que todo o dispositivo, já no terreno desde sexta-feira, se mantém a acompanhar o evoluir do Douro e “preparado para proteger e salvar pessoas e bens”.

“Vamos ter de estar atentos durante o dia, mas, pelo menos até às 17:00, julgamos que não vai haver acréscimo de caudais. A partir dessa hora faremos outra análise, porque está tudo dependente das descargas das barragens espanholas”, afirmou o responsável.

Desde a passada sexta-feira que o nível das águas do Douro subiu, atingindo a zona marginal da cidade de Peso da Régua, onde existe uma ciclovia, um parque infantil e sanitários, bem como o cais fluvial, onde estão instalados um bar e uma loja de artesanato e de onde tiveram de ser retirados equipamentos e bens.

Na quarta-feira, segundo Manuel Saraiva, o rio estava a “cerca de um metro e meio” de galgar a Avenida do Douro, no lugar da Barroca, de onde foram retirados os carros que ali normalmente estão estacionados.

As zonas que estão em aviso vermelho

A Autoridade Marítima Nacional emitiu um aviso vermelho para as zonas de Peso da Régua, albufeiras do Carrapatelo e Crestuma e Ribeira do Porto/Gaia devido a descargas de água provenientes de Espanha.

O aviso vermelho significa que há riscos de “cheias”, como pode haver "riscos de galgamento da água nas margens” e, por causa desses riscos, a Autoridade Marítima Nacional aconselha que as pessoas devem ter cuidados “redobrados”, designadamente as que praticam desportos náuticos nas zonas referenciadas ou que aí tenham embarcações.

 

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