Em comunicado, o IAVE lamenta, citando dados provisórios e sem mencionar quantos estudantes acorreram ao teste, que "cerca de cinco por cento dos alunos que compareceram à prova não a tivessem realizado, por motivo de greve".
A mesma nota refere que em dois por cento dos agrupamentos de escolas não foi possível a realização do teste por qualquer aluno, noticia a Lusa.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) avança um número mais específico e diz que a greve de hoje deixou cerca de 6.000 alunos sem fazer a prova escrita.
De acordo com a estrutura sindical, a elevada adesão dos professores a esta greve impediu a realização da prova em muitas escolas e noutras o exame realizou-se de forma parcial.
A prova escrita do teste Preliminary English Test (PET) da Universidade de Cambridge abrangia cerca de 111 mil alunos do ensino público e privado, sendo o PET obrigatório para o 9.º ano e opcional para outros anos de escolaridade (englobando estudantes dos 11 aos 18 anos).
A greve de professores, à vigilância de exames, foi convocada por uma plataforma de sete estruturas sindicais, entre as quais a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), afeta à CGTP, que apresentou uma queixa na Procuradoria-Geral da República sobre a parceria, no teste, entre Estado e empresas.
Além da vertente escrita, o PET tem uma componente oral, que já está a ser feita em algumas escolas e termina a 22 de maio.
O teste permite fazer o diagnóstico dos conhecimentos de inglês dos alunos, avaliando a leitura e a compreensão da leitura e a compreensão oral e a produção oral.
Os estudantes bem-sucedidos têm direito a um certificado reconhecido internacionalmente e concedido pelo Cambridge English Language Assessment que, segundo o IAVE, "atesta o nível de proficiência B1, de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas".