Covid-19: Ministério Público investiga sites que “oferecem” certificados falsos em Portugal - TVI

Covid-19: Ministério Público investiga sites que “oferecem” certificados falsos em Portugal

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O inquérito instaurado pela Procuradoria-geral da República está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa

Fonte da Procuradoria-Geral da República confirmou à TVI que foi instaurado um inquérito aos dois sites que dizem disponibilizar certificados de vacinação falsos gratuitamente.

A investigação do Ministério Público está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP).

Na sexta-feira, a TVI tinha entrado em contacto com a Check Point Portugal, uma empresa especializada em cibersegurança, numa tentativa de perceber qual a real dimensão deste mercado em Portugal, que alertou para a existência destas duas páginas.

De acordo com Rui Duro, da Check Point, não só foram detetados vários anunciantes a vender certificados portugueses falsos, como, posteriormente, foram detetados dois sites que dizem "oferecer gratuitamente" certificados falsos a quem não se quiser vacinar ou fazer um teste covid-19.

Para isso, os utilizadores devem introduzir os dados no site que, posteriormente, produz um certificado, em formato PDF, com um QR Code válido.

São estas as duas páginas que agora estão sob o crivo do Ministério Público e da Procuradoria-geral da República.

No entanto, Rui Duro alerta os leitores para dois perigos relacionados com estes sites:

O primeiro é que "os certificados não têm qualquer validade. Basta instalar a app Passe Covid para fazer a validação e ela de imediato anuncia que o certificado não é válido" - o QR Code pode aparecer válido mas rapidamente se percebe que a identificação não corresponde.

Isto deveria servir como alerta para todas as entidades - de restaurantes a hotéis, passando por companhias aéreas ou organizadores de eventos - que deveriam sempre validar os certificados, para detetar estas falsificações.

Depois: o mesmo site tem também um "apelo" às pessoas que tenham um certificado válido e que o queiram "alugar". Neste caso, existe um aliciamento monetário. "Mas quem introduzir os seus dados vai sofrer um ataque de phishing."
 
Rui Duro deixa uma mensagem clara: "As pessoas não devem aceder a este tipo de websites devido ao risco de roubo de identidade e de segurança".

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