Escutas: Pinto Monteiro disponível para ir ao Parlamento - TVI

Escutas: Pinto Monteiro disponível para ir ao Parlamento

Pinto Monteiro

Procurador-Geral da República manifestou-se convicto que «há escutas ilegais em Portugal»

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O Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, afirmou este sábado que o Ministério Público não dispõe de meios técnicos para detectar escutas ilegais e mostrou «total disponibilidade» para esclarecer essa questão no Parlamento, noticia a Lusa.

«Não dispomos de meios técnicos para o fazer. Só a Polícia Judiciária dispõe desses meios, mas eu não sou director da Polícia Judiciária, por isso nada posso fazer», disse Pinto Monteiro, questionado pelos jornalistas a propósito das suas declarações sobre a existência de escutas ilegais.

Em entrevista ao «Diário de Notícias», no domingo, Pinto Monteiro manifestou-se convicto de que «há escutas ilegais em Portugal» e fez um alerta aos políticos para o facto de não ter «nenhum meio» nem «nenhum poder» para controlar isso.

Na sexta-feira, durante o debate quinzenal com o Governo, o deputado do PSD Miguel Macedo interpelou o primeiro-ministro sobre as declarações de Pinto Monteiro e no final anunciou que quer ouvir no Parlamento e à porta fechada o Procurador-Geral da República, sobre esta matéria, admitindo chamar também os chefes dos serviços de informações.

«Estou totalmente disponível para prestar qualquer tipo de esclarecimentos na Assembleia da República», afirmou.

Pinto Monteiro falou aos jornalistas à margem de uma conferência sobre justiça na freguesia da Portela, em Loures, de foi orador.

Durante hora e meia, Pinto Monteiro explicou aos presentes o papel do Procurador da República e as medidas que defende para melhorar a justiça em Portugal.

«Falta de humildade de magistrados e advogados», «fraca articulação entre o Ministério Público e as polícias» e a existência de «alguma promiscuidade entre a justiça e a política» foram os principais defeitos apontados pelo PGR à justiça em Portugal.

«Há que reformular mentalidades na justiça e convencer juízes, advogados e procuradores que a justiça deve ser um serviço público», apontou.
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