O ex-administrador do Grupo Lena, Joaquim Barroca, um dos arguidos na Operação Marquês, vai ser ouvido no próximo dia 18 de fevereiro, sabe a TVI.
Joaquim Barroca, acusado de corrupção ativa de titular de cargo político, corrupção ativa, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada, é suspeito de receber "benefícios comerciais" e, em troca, de fazer pagamentos suspeitos a Carlos Santos Silva, amigo de longa data do antigo primeiro-ministro José Sócrates.
Para o Ministério Público, Carlos Santos Silva e Joaquim Barroca aceitaram integrar um esquema financeiro para ocultar a origem e a propriedade dos fundos de José Sócrates, tendo concordado em abrir contas para a passagem de fundos, junto do banco suíço UBS.
A data de interrogatório de Joaquim Barroca, consta de um despacho do juiz de instrução Ivo Rosa, que reservou também o dia seguinte, caso a diligência se prolongue.
Joaquim Barroca, que chegou a estar em prisão domiciliária com pulseira eletrónica pediu para ser ouvido nesta fase processual facultativa.
O próximo arguido a ser ouvido pelo juiz Ivo Rosa é o primo de Sócrates, José Paulo Pinto de Sousa, audição que terá lugar no dia 21 de janeiro. No dia 23 seguem-se testemunhas arroladas pelo juiz.
O início do debate instrutório, que finaliza a fase de instrução da Operação Marquês e que decidirá quem vai ou não a julgamento, está marcado para 4 de fevereiro.
O processo Operação Marquês, que tem como principal arguido o antigo primeiro-ministro, teve início há mais de cinco anos e conta com 28 arguidos que, globalmente, estão acusados de 188 crimes económico-financeiros.
José Sócrates, que chegou a estar preso preventivamente durante dez meses e depois em prisão domiciliária, está acusado de 31 crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, sendo suspeito de receber mais de 24 milhões de euros.