A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta terça-feira a detenção do último elemento de um grupo de cinco suspeitos autores dos crimes de roubo e sequestro cometidos com recurso a um ‘taser’ numa localidade próxima de Viseu, em março de 2014.
Em comunicado, a Diretoria do Centro da PJ informa que a detenção foi feita “em articulação com a Unidade de Cooperação Internacional (Gabinete Nacional da Interpol) e com as autoridades alemãs”, país onde o arguido foi detido.
O suspeito, de 28, contra o qual foi emitido um mandado de detenção europeu (MDE) pelo Tribunal de Viseu, “vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para que lhe sejam aplicadas as medidas de coação tidas por adequadas”, adianta o comunicado.
Segundo a Diretoria do Centro, sediada em Coimbra, do grupo faziam parte quatro cidadãos estrangeiros e um cidadão português, que terá sido o “mandante” da ação criminosa.
Negócios e roubo
Fonte da PJ explicou à agência Lusa que o português teve negócios com um casal residente numa aldeia próxima de Viseu, tendo-se apercebido de que a residência daquele “tinha material com interesse que poderia subtrair e ‘contratou’” o grupo de quatro estrangeiros, da Europa de Leste, aos quais indicou a casa.
O casal sai de casa e os assaltantes entram, mas acabam por ser surpreendidos pela dona, que regressou mais cedo”, esclareceu a mesma fonte, referindo que depois chegou o marido, que estava ao telefone com uma filha, e foi agarrado pelo grupo.
Apercebendo-se da situação, a filha com quem o pai estava ao telefone vai a casa deste e é, também, sequestrada pelo grupo, assim como o marido desta que, ao oferecer resistência, é atingido por um disparo de arma elétrica vulgarmente designada de ‘taser’.
Depois chega a outra filha, acompanhada por uma menor, e são também vítimas de sequestro, e um vizinho, militar da GNR que estava de folga, que se apercebeu da situação e foi agredido na fuga do grupo”, adiantou o responsável da PJ.
Os assaltantes acabaram por interromper o roubo quando “estavam para carregar um cofre dentro do carro do casal” e face ao aparecimento de todas aquelas pessoas, tendo a GNR chegado depois.
Um dos suspeitos foi detido em flagrante delito na madrugada seguinte, tendo a investigação permitido identificar os elementos restantes do grupo. O cidadão português e outro estrangeiro foram detidos em junho de 2016.
Foram depois emitidos mandados de detenção para os outros dois suspeitos, sendo que um já foi preso e faltava este último”, esclareceu.