Detido bancário suspeito de desviar 1,8 milhões de euros a clientes - TVI

Detido bancário suspeito de desviar 1,8 milhões de euros a clientes

  • .
  • CE
  • 4 nov 2020, 14:01
Dinheiro armazenado no Complexo do Carregado do Banco de Portugal

O bancário, de 52 anos, oferecia-se para aplicar as poupanças dos clientes e ficava com o dinheiro para proveito próprio, sendo agora suspeito de ter praticado os crimes de falsificação de documentos, abuso de confiança e burla qualificada

Um bancário de 52 anos foi detido em Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, por suspeitas de ter desviado, durante uma década, 1,8 milhões de euros de clientes, informou hoje a Polícia Judiciária (PJ).

De acordo com aquela polícia, o bancário oferecia-se para aplicar as poupanças dos clientes e ficava com o dinheiro para proveito próprio, sendo agora suspeito de ter praticado os crimes de falsificação de documentos, abuso de confiança e burla qualificada.

Os factos suscetíveis de enquadrar os referidos crimes, segundo a PJ, “foram cometidos ao longo de cerca de 10 anos, enquanto o suspeito exerceu funções ligadas à atividade bancária, numa instituição financeira situada na localidade de Carrazeda de Ansiães”.

A investigação policial apurou que “o arguido abordava os clientes da instituição financeira onde trabalhava, com os quais mantinha uma relação de confiança, e oferecia-se para aplicar os montantes correspondentes às poupanças das vítimas em aplicações financeiras de alta rentabilidade”.

Obtido o acordo das vítimas, o arguido apoderava-se dos valores dos clientes em proveito próprio”, informa a PJ.

De acordo ainda com a informação divulgada, “para a evitar que as vítimas se apercebessem da situação, o bancário emitia e entregava-lhes um documento falso, que pretendia representar o depósito dos montantes que lhe haviam sido confiados numa aplicação financeira efetivamente comercializada pela instituição financeira”.

A PJ concluiu que, “através de tal atividade fraudulenta, o arguido causou danos patrimoniais às vítimas estimados em cerca de 1.800.000 euros".

O detido não tem atualmente ocupação laboral e vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas, segundo a PJ.

Continue a ler esta notícia