Mãe e filha burlaram mais de cem Juntas de Freguesia

A Polícia Judiciária do Sul anunciou a conclusão um processo de inquérito onde se investigou a actividade delituosa de duas mulheres suspeitas da prática de inúmeros crimes de burla cometidos em todo o país e que tinham por alvo as Juntas de Freguesia.

O modo de operação consistia na celebração de contratos em que mãe e filha se comprometiam, como prestadoras de serviços, a proceder à recolha e tratamento de dados informativos para a elaboração de um DVD-VÍDEO e de uma monografia sobre a autarquia.

Afirmavam que entidades oficiais posteriormente atribuiriam 50 euros por cada eleitor inscrito nos cadernos eleitorais. Como contrapartida, exigiam o pagamento imediato de um sinal que variava entre os 500 e os 2500 euros por cada contrato. Fazendo-se passar falsamente por historiadora e advogada, as arguidas acabaram por lesar mais de uma centena de Juntas de Freguesia em cerca de 50 mil euros

Esta burla foi praticada desde finais de 2006 e até ao dia 25 de Março. A mãe, de 42 anos, foi detida em flagrante delito numa localidade alentejana, logo após ter celebrado um desses contratos fictícios, tendo ficado a aguardar julgamento em prisão preventiva, situação que ainda se mantém.

A filha, de 24 anos, foi detida a 14 de Maio, face aos elementos apurados no decurso de investigação, tendo-lhe sido aplicada, após interrogatório judicial, como medidas de coacção, as medidas de proibição de se ausentar do concelho da sua residência e de apresentações semanais às autoridades policiais.