Morreu após agressão nas urgências de Coimbra - TVI

Morreu após agressão nas urgências de Coimbra

Homem não foi detido. PJ aguarda resultado da autópsia para agir

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Actualizada às 17h30

A Polícia Judiciária (PJ) aguarda os resultados da autópsia a uma mulher que faleceu sábado na sequência de agressões perpetradas por um homem nas Urgências dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) para decidir que medidas a tomar, disse esta segunda-feira à Lusa fonte daquela polícia.

O agressor está identificado, mas não foi detido. A autópsia à vítima, Virgínia Melo, de 45 anos, poderá vir a revelar se há ou não um nexo de causalidade entre a agressão e a morte. A mesma fonte da PJ contactada pela agência Lusa realçou que entre a agressão e o falecimento da mulher mediou algum tempo.

O presidente do Conselho de Administração dos hospitais de Coimbra, Fernando Regateiro, explicou ao PortugalDiário que «houve mesmo uma paragem cardíaca. A senhora teve atendimento imediato; não podia, aliás, estar no melhor sítio; mas não reagiu».

Ao que o PortugalDiário apurou, na queixa apresentada à PSP a vítima indicou que o suspeito lhe «tinha atirado com uns livros à cabeça». A vítima não estava ferida e não havia «sinais de sangue». O incidente ocorreu pelas 2h da madrugada. O óbito foi registado já pela manhã, altura em que a PSP foi novamente chamada ao local e comunicou o caso à PJ.

A PSP de Coimbra confirma a ocorrência e adianta que a situação encontrada «não configurava crime público», pelo que os dois intervenientes foram «identificados». Remete agora mais esclarecimentos para a Polícia Judiciária. Contudo, fonte da PSP adiantou à agência Lusa que o presumível autor da agressão, identificado logo na altura, vive em Coimbra, tem cerca de 40 anos, e «é conhecido como toxicodependente».

O certo é que a família da vítima e a amiga que estava com ela na altura da agressão atribuem culpas ao segurança do hospital que não só não impediu as agressões, como deixou Virgínia Melo e o agressor no mesmo local enquanto foi chamar a PSP. Também não compreendem por que razão o homem não foi detido.

Nos HUC decorre um inquérito interno «para apurar o que se passou», para posteriormente se «concluir se houve alguma falha ou omissão» por parte da segurança, adiantou uma fonte do hospital. Para já, adiantou a mesma fonte ao PortugalDiário, «o caso está entregue às autoridades competentes e a administração do hospital aguarda serenamente as conclusões».

Elementos da PJ acompanharam hoje a realização da autópsia à mulher falecida no Instituto Nacional de Medicina Legal (INML), cujos resultados não foram divulgados por decorrerem ainda investigações.

Fernando Regateiro lamenta o que aconteceu, mas sublinha que isso «não belisca a segurança do hospital», já que Virgínia Melo estava na sala de espera, que fica fora das urgências e à qual todos têm acesso.

Recorde-se que tudo aconteceu na madrugada de sábado, quando Virgínia Melo se deslocou aos HUC para acompanhar uma amiga e foi agredida na sala de espera do serviço de urgências por um homem que supostamente aproveitaria os bancos como cama de pernoita e iniciou uma discussão com a vítima por causa da televisão.

Socorrida no serviço, a mulher, de 45 anos, veio a falecer algum tempo depois, supostamente vítima de paragem cardíaca.

*Com Lusa
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