Prisão preventiva para grupo de portugueses que traficou pessoas - TVI

Prisão preventiva para grupo de portugueses que traficou pessoas

  • VC
  • 14 nov 2018, 12:55
Incoerências fazem PJ interrogar mulher e filho do triatleta encontrado morto

As vítimas eram captadas em Portugal, em contextos sociais muito vulneráveis, sendo oferecidas condições de trabalho aparentemente atrativas

Ficou em prisão preventiva o grupo de portugueses que se dedicava ao tráfico de seres humanos e que foi desmantelado no início de novembro. As vítimas dos quatro indivíduos eram captadas em Portugal, em contextos sociais muito vulneráveis, sendo-lhes oferecidas condições de trabalho aparentemente atrativas

"No seguimento da Operação “LUSAR”, centrada no combate ao Tráfico de Seres Humanos para exploração laboral, desencadeada no dia 16 do passado mês de outubro, em atuação conjunta e simultânea da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária e da Guardia Civil espanhola, no âmbito de uma investigação titulada pelo Ministério Público no DIAP de Coimbra, com a prestimosa colaboração da Fiscalía (Ministério Público) de Espanha e apoio da EUROJUST, os quatro suspeitos detidos em território espanhol foram entregues às autoridades portuguesas, no passado dia 8 do corrente mês de novembro", adianta a PJ numa nota à comunicação social.

Os arguidos, com idades compreendidas entre os 24 e os 58 anos, foram ontem presentes a Tribunal para primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de prisão preventiva".

A Guarda Civil espanhola indicou na altura que foram identificadas cerca de 30 vítimas de origem portuguesa, entre elas uma menor de 16 anos. Eram sobretudo pessoas que se encontravam a fazer trabalhos agrícolas em Navarra e La Rioja e que estavam em “condições precárias e violando muitos dos seus direitos laborais”.

Uma das vítimas detetadas no âmbito desta investigação era um homem português que estava em Espanha há dez anos e que terá sido “vendido” a um dos detidos, segundo o comunicado da Guarda Civil.

As condições de trabalho a que as vítimas eram sujeitas incluíam jornadas laborais muito superiores ao que é permitido e com um sistema de remuneração que não era claro nem legal.

Um dos portugueses detidos, conhecido como “Patrono”, geria a verba a pagar aos trabalhadores, descontando a quantia que próprio entendia como parte do alojamento e da alimentação.

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