IPS nega que sangue dado seja destruído - TVI

IPS nega que sangue dado seja destruído

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Instituto diz que apenas não utiliza a totalidade do plasma e garante que necessidades dos doentes estão asseguradas

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O Instituto Português do Sangue (IPS) esclareceu, em comunicado, que «não destrói» o sangue que é dado, apenas não utiliza o plasma na sua totalidade, contrariando assim a «informação que tem circulado persistentemente» em órgãos de comunicação social.

No comunicado, citado pela Lusa, o IPS esclarece que o sangue não é destruído e que «isso apenas se aplica a uma parte dos seus componentes, o plasma, que não é utilizado na sua totalidade».

«Contudo, nenhum doente que necessite de receber plasma humano deixa de ser tratado com esse componente do sangue», garante aquele organismo.

Segundo a mesma nota, actualmente encontram-se em fase de análise as condições técnicas necessárias para um adequado armazenamento do plasma português, nomeadamente para o transporte de unidades daquele componente do sangue nas «condições de qualidade e segurança requeridas».

O IPS refere que, em 2011, foram colhidas cerca de 385 mil unidades de Sangue em Portugal e que, do processamento a que são submetidas as unidades colhidas pelo IPS, os concentrados de glóbulos vermelhos e de plaquetas que cumprem os requisitos de qualidade e segurança definidos clínica e laboratorialmente foram fornecidos aos Hospitais.

Foram ainda fornecidas, no ano passado, cerca de cinco mil unidades de plasma, por pedido dos hospitais, existindo actualmente cerca de 30 mil unidades congeladas e conservadas a 40 graus negativos, esclarece.

A construção de um espaço próprio para armazenamento do plasma (câmaras de frio a 40 graus negativos), possível graças ao apoio da União Europeia, teve como objectivo a utilização total do plasma nacional.

No entanto, a implementação deste projecto acabou por ser protelada pelo aparecimento no Reino Unido de casos de variante humana da doença das vacas loucas e a existência de dúvidas relativamente à possibilidade da sua transmissão pelo sangue.

Isto levou a que, desde 1998, fossem adoptadas medidas adicionais de segurança do sangue, como a remoção dos glóbulos brancos dos componentes sanguíneos e a inibição para a dádiva de sangue de todas as pessoas transfundidas depois dos anos 80, altura em que a doença bovina estava sem controlo.

Em 2009 foi lançado concurso público internacional para o fraccionamento industrial do plasma excedentário e distribuição dos derivados do plasma, mas esse concurso foi alvo de impugnação, não tendo tido efeitos, acrescenta a nota do IPS.
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