18 por cento dos portugueses abaixo do limiar da pobreza - TVI

18 por cento dos portugueses abaixo do limiar da pobreza

Pobreza

Vivem com salários mensais entre os 360 e os 366 euros. Número de famílias a procurar ajuda está a aumentar

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O Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza assinala-se esta sexta-feira, sendo que em Portugal 18 por cento da população vive abaixo do limiar da pobreza, ou seja, com salários mensais entre os 360 e os 366 euros, segundo a Associação Cais.

Este é um dos alertas que a Associação Cais vai fazer esta sexta-feira, durante uma jornada dedicada à erradicação da pobreza, que conta com uma conferência de Carlos Vasconcelos Cruz subordinada ao tema Portugal Desigual.

Segundo dados divulgados pela Comissão Europeia, 16 por cento dos cidadãos da União Europeia viviam em 2006 abaixo do limiar de pobreza, definido como 60 por cento do rendimento médio do seu país.

A propósito do Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, a Assitência Médica Internacional (AMI) alerta para o empobrecimento das famílias portuguesas, referindo que o número de pessoas que procuram os seus serviços de apoio não pára de aumentar.

Segundo a AMI, só nos primeiros seis meses deste ano recorreram aos seus serviços de apoio social um total de 4.695 pessoas, o equivalente a 64 por cento do valor total de pessoas que recorreram à AMI durante os doze meses de 2007.

Iniciativas marcadas

Além da iniciativa da Cais prevista, os Médicos do Mundo participam na entrega das deliberações da Rede Europeia Anti-Pobreza sobre pobreza e exclusão social ao presidente da Comissão Parlamentar dos Assuntos Constitucionais, Liberdades e Garantias.

No Porto, decorrerá uma jornada de reflexão promovida pela Fundação Filos, com a presença de Silva Peneda, Guilherme d'Oliveira Martins e Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Solidariedade.

Um pouco por todo o país decorre o «Levanta-te e Actua», uma iniciativa global que apela a que nos dias 17 e 19 de Outubro as pessoas se levantem, exigindo aos seus governos que cumpram as promessas de acabar com a pobreza extrema e que se alcancem os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio até 2015.

Entretanto, o Governo anunciou que os gastos com a Acção Social terão o segundo maior aumento da legislatura em 2009, uma opção justificada com a necessidade de conter o impacto da crise mundial na vida das famílias portuguesas.
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