Crise: Fundação EDP vai triplicar fundos para a área social - TVI

Crise: Fundação EDP vai triplicar fundos para a área social

Nova sede da Fundação EDP em Lisboa

Instituição tem um orçamento de 14 milhões de euros anuais

A Fundação EDP, que tem um orçamento de 14 milhões de euros anuais, vai reforçar as suas prioridades na área social, triplicando valores do programa EDP Solidária, e iniciar a concretização da atividade própria na área criança e saúde.

Esta é um dos objetivos da Fundação do grupo EDP anunciado esta terça-feira pelo seu presidente, António de Almeida, na apresentação do relatório e contas de 2012 e plano de atividade para 2013-2015 em Lisboa, que pretende que a EDP Solidária seja «o instrumento que combate a exclusão e responde às emergências sociais».

António de Almeida referiu que, devido à crise económica, «houve a preocupação de triplicar o valor dedicado à ação social e do programa de voluntariado» para «melhorar as condições das pessoas».

Sérgio Figueiredo, administrador delegado da Fundação EDP, acrescentou que a área Social «vai aumentar significativamente o seu peso, para 27% do total das despesas da Fundação, seguida da cultura e da ciência e energia, com 14% e 12% respetivamente».

O mesmo responsável afirmou aos jornalistas que «a situação do país está numa fase que não é normal», pelo que «o setor social é obrigado a intervir na sociedade fugindo à prática assistencialista».

Frisando que «a relação da EDP com a sociedade não começa hoje nem se reduz a um desconto [na eletricidade]», Sérgio Figueiredo adiantou que a instituição «é de longe a maior fundação corporativa do país» e «muito provavelmente a segunda maior em termos de investimento [na sociedade], logo a seguir à Fundação Calouste Gulbenkian».

A Fundação EDP, segundo o administrador delegado, «tem uma intervenção crescente na área social, para onde canaliza cada vez maiores recursos» e tem que «a ambição de se afirmar como uma referência nacional de inovação social», tornando-se na «principal fábrica de negócios sociais de Portugal».

Em termos de balanço, a Fundação EDP referiu que cerca de 1,1 milhões de pessoas beneficiaram das ações da organização, sendo que o Museu da Eletricidade atingiu o recorde histórico de 200 mil visitantes, tornando-se «o mais visitado do país, comparado com os museus do Estado».

Em termos de cultura, em 2012, cerca de 450 mil pessoas viram as 24 exposições promovidas pela Fundação EDP e em relação ao voluntariado, envolveu 2.275 pessoas, 7.023 horas em horário de trabalho (equivalentes a 150 mil euros), 93 ações e 78 instituições impactadas.

Sérgio Figueiredo frisou que, no caso da cultura, haverá um «reforço da atividade própria mantendo o mecenato sobretudo ligado às artes plásticas», tendo como objetivo que as atividades próprias, os Prémios EDP e a coleção de Arte EDP, «estejam articulados no sentido de alavancar o futuro Centro de Artes».
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