Braga: apreendido um milhão de euros durante investigação ao homicídio de empresário - TVI

Braga: apreendido um milhão de euros durante investigação ao homicídio de empresário

  • EC
  • 23 mar 2017, 19:58
PJ

Sete arguidos estão acusados de matar o homem e de dissolver o cadáver em 500 litros de ácido sulfúrico

O Gabinete de Recuperação de Ativos da Polícia Judiciária (PJ) arrestou e apreendeu ativos no valor de aproximadamente um milhão de euros, no âmbito da investigação ao sequesto e homicídio de um empresário de Braga, informou hoje aquela força.

Em comunicado, a PJ acrescenta que aquela investigação patrimonial e financeira foi desenvolvida com vista à identificação, localização e apreensão de ativos, cuja proveniência surge de atividade criminosa pela prática de crime de sequestro, homicídio e associação criminosa.

A investigação “visou identificar, localizar e apreender património financeiro e imóvel no montante de cerca um milhão de euros que se encontrava em 24 aplicações financeiras, distribuídas por dez instituições bancárias e património imobiliário na titularidade ou domínio e benefício dos visados”.

A investigação patrimonial e financeira, complexa e pormenorizada, permitiu identificar e localizar valores patrimoniais incongruentes com a atividade lícita dos arguidos, que resultou no arresto preventivo decretado pela autoridade judicial, permitindo, dessa forma, que os arguidos não beneficiassem das vantagens auferidas com a prática da atividade criminosa”, acrescenta o comunicado.

Em causa está o sequestro de um empresário de Braga, registado a 11 de março de 2016, naquela cidade, seguido de homicídio da vítima.

O Ministério Público (MP) acusou sete arguidos de matar o empresário e de dissolver o cadáver em quinhentos litros de ácido sulfúrico.

Os arguidos estão acusados dos crimes de associação criminosa, furto qualificado, falsificação ou contrafação de documentos, sequestro, homicídio qualificado, profanação de cadáver e incêndio.

Três daqueles arguidos vão ainda responder pelo crime de detenção de arma proibida.

De acordo com a acusação, aqueles sete arguidos “organizaram-se entre si, criando uma estrutura humana e logística, com o propósito de sequestrar um empresário de Braga, de o matar e de fazer desaparecer o seu cadáver”.

Com isso, pretendiam “impedir de reverter um estratagema” mediante o qual o património dos pais da vítima, avaliado em cerca de dois milhões de euros, fora passado para uma sociedade controlada por dois dos arguidos.

Na execução daquele propósito, e depois de terem monitorizado as rotinas da vítima, quatro dos arguidos dirigiram-se, a 11 de março de 2016, a Braga, em dois veículos automóveis roubados no Porto, numa empresa de comércio de veículos automóveis.

Abordaram o empresário por volta das 20:30, meteram-no no interior de um dos veículos automóveis e levaram-no para um armazém, em Valongo, onde o mataram por estrangulamento, acabando por dissolver o cadáver em quinhentos litros de ácido sulfúrico, já noutro armazém, sito em Baguim do Monte”, acrescenta o comunicado.

Aqueles sete dos arguidos, entre os quais dois advogados, estão em prisão preventiva.

O processo tem mais dois arguidos, um dos quais é acusado dos crimes de falsificação ou contrafação de documento e de incêndio, e o outro de furto qualificado.

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