Detido grupo que raptou, torturou e violou mulher em Loures - TVI

Detido grupo que raptou, torturou e violou mulher em Loures

Vítima, de 40 anos, foi raptada na rua na presença do namorado, que foi brutalmente espancado. Os agressores, três cidadãos romenos e um português, tinham como móbil agredir sexualmente a mulher

A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional Contra-Terrorismo, deteve na segunda-feira, em Loures, quatro homens, suspeitos de raptarem, torturarem e violarem uma mulher.

A vítima foi libertada pela PJ na madrugada de segunda-feira, cerca das 05:00, depois de "mantida em cativeiro durante várias horas", período durante o qual foi torturada e violada.

O alerta para o rapto foi dado pela Polícia de Segurança Pública nessa mesma madrugada, pouco depois das 02:00, uma vez que este tipo de crime é da competência da PJ.

A mulher, de 40 anos, desempregada, foi "raptada na via pública", na localidade de Pinheiro de Loures, "com contornos de grande violência", na presença do namorado, que foi "violentamente espancado", segundo a Polícia Judiciária.

Dois dos raptores foram detidos em flagrante, quando se encontravam num carro com a vítima, um cidadão português e um romeno, e os restantes dois, ambos romenos, no decurso da operação, que terminou já durante a noite e contou com o apoio da PSP de Loures.

As duas vítimas são de nacionalidade portuguesa.

Em conferência de imprensa nesta terça-feira, o coordenador da Unidade Contra-Terrorismo, que investiga os raptos, Alves da Cunha, explicou aos jornalistas que o único móbil dos agressores, com idades entre os 26 e os 48 anos, era "agredir sexualmente" a vítima, conhecida de um deles.

A vítima conhecia um dos raptores num contexto de consumo de estupefacientes [cocaína] e é através deste indivíduo que é atraída a um local ermo, um descampado, e é surpreendida com a presença de mais três indivíduos. Estes indivíduos já tinham premeditado agredi-la sexualmente e este é o móbil do rapto", afirmou o responsável pela investigação.

No local, o namorado da vítima é agredido pelo grupo, que não conhecia, e a mulher obrigada a entrar numa viatura, eram 23 horas, tendo sido levada para a casa onde viviam dois dos raptores e onde ocorreram as agressões sexuais.

O namorado, que teve de receber tratamento hospitalar, forneceu informação "essencial para as primeiras diligências" e é "com base nestas primeiras informações que se consegue localizar a viatura" onde a vítima e dois dos raptores, um português e um romeno, se encontravam no momento da detenção.

Andavam à procura da viatura do namorado da vítima para a furtar e é nessa altura que se desencadeia a abordagem, a libertação da vítima e a detenção em flagrante delito destes dois", descreveu, acrescentando que os outros dois raptores foram detidos fora de flagrante delito, durante a noite, na Lourinhã.

A PJ contou, ainda, que a vítima e o raptor que conhecia já tinham consumido droga juntos e que, por isso, não estranhou o convite. A PJ também acredita que os raptores teriam a expectativa de que não houvesse denúncia.

No decorrer das detenções não foi apreendida droga, mas foram "apreendidos relevantes elementos de prova, designadamente, equipamentos de telecomunicações, vestuário e uma arma".

Os quatro raptores, referenciados , nomeadamente, por crimes contra o património, vão ser presentes a juiz nesta terça-feira, para aplicação das medidas de coação.

 

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