O Tribunal de Aveiro começou a julgar três jovens suspeitos de terem furtado a viatura de um inspetor da Polícia Judiciária (PJ) e levado a sua arma de serviço, que depois terão vendido por 50 euros.
Na primeira sessão do julgamento, dois dos arguidos confessaram ter furtado a viatura "para dar uma simples volta", afirmando que agiram sozinhos, num quadro de embriaguez.
O jovem que seguia no lugar do passageiro contou que abriu o porta-luvas e viu a arma, adiantando que quando se aperceberam que era um carro de um inspetor da PJ entraram "em pânico".
Nesse momento, decidiram ligar a um amigo, coarguido no processo, para lhe pedir ajuda e este terá ficado com a pistola e com a chave da viatura.
"Foi um comportamento inadmissível" e "uma brincadeira de mau gosto", disseram os jovens, afirmando desconhecer o que aconteceu depois à arma.
Os arguidos contaram ainda que mais tarde contactaram o proprietário da viatura para pagar tudo o que tinham estragado, tendo o mesmo desistido da queixa.
Segundo a acusação, os factos ocorreram na madrugada do dia 23 de dezembro de 2014, quando os três arguidos, com idades entre os 22 e 25 anos, furtaram de uma garagem em Esgueira, no concelho de Aveiro, um automóvel de um segurança da PJ, que tinha no porta-luvas a arma de serviço.
De acordo com a investigação, os suspeitos contactaram três outros indivíduos que lhes compraram pistola por 50 euros e de seguida abandonaram a viatura, que foi localizada uns dias mais tarde pela PSP, numa rua em Aveiro.
Posteriormente, a PSP também veio a recuperar a arma propriedade da PJ, no âmbito de uma investigação relacionada com um crime de violência doméstica.
Além dos três jovens, que estão acusados de um crime de furto qualificado, o processo tem mais quatro arguidos, que respondem por crimes de recetação e detenção de arma proibida.