Gondomar: comete duplo homicídio em ajuste de contas durante saída precária - TVI

Gondomar: comete duplo homicídio em ajuste de contas durante saída precária

Prisão

Homicida e as vítimas tinham vários antecedentes criminais ligados ao tráfico de droga

A Polícia Judiciária (PJ) divulgou esta quarta-feira que concluiu a investigação de um duplo homicídio seguido de ocultação de cadáveres, em acontecimentos que remontam a julho de 2018 e que ocorreram em Gondomar.

Segundo o comunicado das autoridades, as duas vítimas mortais, cujos corpos não foram encontrados, terão desaparecido entre os dias 1 e 3 de julho.

A PJ refere que, apesar de uma investigação de "elevada complexidade", não foi possível encontrar os cadáveres.

Ambas as vítimas, de 38 e 42 anos, tinham antecedentes criminais e condenações por crimes contra a vida ou tráfico de estupefacientes. As autoridades acreditam que o desaparecimento de um terá levado ao desaparecimento do outro, sendo que terão sido mortos pela mesma pessoa.

Foi também possível estabelecer um nexo causal entre os dois homicídios, havendo a convicção segura de que a segunda vítima foi morta por conhecer as circunstâncias do desaparecimento e morte da primeira", explica a PJ.

 A PJ acredita que os crimes terão ocorrido durante uma saída precária do principal suspeito do caso, que já foi constituído arguido. Este homem, que estava a cumprir pena de prisão no Estabelecimento Prisional de Coimbra, terá aproveitado uma saída precária de cinco dias para matar os outros dois homens, que seriam seus conhecidos do ambiente prisional.

Aproveitou uma saída precária de cinco dias para cometer os homicídios dos dois indivíduos, seus conhecidos do ambiente prisional”, relata a PJ.

Ainda durante esta investigação, o suspeito voltou a ser condenado por tráfico de estupefacientes, num crime cometido a partir da prisão e que terá ligação ao duplo homicídio, com a nova pena a fixar-se em 11 anos de prisão

A decisão de primeira instância foi subscrita “sem reservas”, em 25 março deste ano, pelo Tribunal da Relação do Porto.

Este homem protagonizou em 1995 o massacre de Vila Fria, Viana do Castelo, matando à facada um tio, uma tia e um sobrinho. Já em abril de 2002 consumou três crimes de rapto simples e um de extorsão agravada, em Portuzelo, no mesmo concelho do Alto Minho.

É também o homem que no dia de Natal de 2001 se evadiu, junto ao hospital de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, de uma carrinha celular do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, onde cumpria uma pena de 20 anos de cadeia.

Em 2017, já na cadeia de Coimbra, passou a beneficiar de saídas precárias.

Continue a ler esta notícia

Mais Vistos

EM DESTAQUE