Homem detido em Lisboa por abuso sexual de crianças entre os 3 e os 7 anos - TVI

Homem detido em Lisboa por abuso sexual de crianças entre os 3 e os 7 anos

Os crimes foram cometidos ao longo dos últimos anos na residência do suspeito, em Lisboa. Neta, sobrinha-neta e amigas são as vítimas do homem detido

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou, esta terça-feira, a detenção de um homem suspeito de ter abusado sexualmente cerca de uma centena de vezes de quatro crianças, com idades compreendidas entre os três e os sete anos.

A Polícia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, procedeu à identificação e detenção de um homem, com 49 anos de idade, por fortes indícios da prática de, aproximadamente, uma centena de crimes de abuso sexual de crianças agravado, sobre quatro menores, com idades compreendidas entre os 03 e os 07 anos", lê-se no comunicado.

Os crimes foram cometidos ao longo dos últimos anos na residência do suspeito, na região de Lisboa, "tendo o presumível autor aproveitado a circunstancia de manter relações de familiaridade e vizinhança com as vítimas".

De acordo com o documento, a investigação teve início depois da sinalização de uma das vítimas por parte do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses. No espaço de dois dias, a Polícia Judiciária efetuou diligências que permitiram "recolher esclarecedores elementos de prova quanto à autoria".

O agressor, de 49 anos, já foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação mais gravosa: prisão preventiva.

Neta e sobrinha-neta entre as vítimas

Uma neta, uma sobrinha neta e duas amigas, entre os 3 e os 7 anos, são as quatro vítimas do homem detido na Grande Lisboa.

Em declarações esta terça-feira à agência Lusa, após uma conferência de imprensa, o coordenador da secção que investiga a criminalidade sexual na Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da PJ disse que as quatro crianças, à data dos factos, com idades entre os 3 e os 7 anos, são as únicas vítimas do suspeito, que “colaborou” com a investigação.

José Matos explicou que o arguido “não era um predador que andava na rua à procura”, mas alguém “que se aproveitou da ascendência e do fácil acesso” que tinha em relação às crianças, acrescentando que arguido e vítimas moravam na mesma zona e que “alguns dos crimes” foram praticados na casa do suspeito.

Este coordenador da PJ indicou que os crimes sobre três das vítimas aconteceram de 2017 até agora, enquanto uma das crianças terá sido abusada sexualmente em data anterior a 2011.

José Matos referiu que esta situação “não estava de todo sinalizada” pelas autoridades, tendo sido levantada na semana passada após a mãe levar uma das meninas ao Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, depois de notar “alguma coisa estranha” na filha.

Após a realização de uma perícia sexual pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, este organismo entrou em contacto com a PJ, que desencadeou a investigação, falou com as vítimas e chegou ao suspeito.

A investigação vai continuar no sentido de a PJ recolher mais elementos de prova.

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