Investigação da PJ não significa que “haja problemas”, diz Turismo dos Açores - TVI

Investigação da PJ não significa que “haja problemas”, diz Turismo dos Açores

  • JFP
  • 28 fev 2019, 19:09
Ilha dos Açores

Luís Rego diz que cabe à União Europeia “avaliar, identificar e perceber como é que dinheiros públicos disponibilizados estão a ser aplicados”

O vice-presidente da Associação de Turismo dos Açores (ATA), o empresário Luis Rego, que se encontra demissionário, referiu hoje que o facto de haver averiguações da PJ na instituição “não significa que haja problemas” na instituição.

Questionado à saída da assembleia-geral da ATA sobre as buscas da Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de “fraude para a obtenção de subsídio, peculato, falsificação de documentos e participação económica em negócio", o empresário referiu que “bom era não ter acontecido nada”.

Luís Rego adiantou que o facto de haver averiguações “não significa que haja problemas” na entidade, cabendo agora à União Europeia “avaliar, identificar e perceber como é que dinheiros públicos disponibilizados estão a ser aplicados”.

Para já não há nada a temer nem opor” adiantou Luís Rego, que clarificou que o grupo Ilha Verde, propriedade da sua família, não foi alvo de buscas por parte da PJ.

Na reunião da Assembleia Geral da ATA, Luís Rego apresentou hoje a sua demissão, tendo sido aprovados os novos estatutos da instituição, que resultam da fusão de duas propostas, uma da responsabilidade da direção, cujo presidente continua de baixa médica, e outra de um grupo de empresários a que se associou a Câmara de Comércio e Indústria dos Açores.

Luís Rego não especificou qual o valor do passivo do organismo, uma vez que “ainda há pouco foram recebidos valores para a sua amortização”, não querendo assumir “valores que poderão não estar corretos”.

Sobre o facto de o Governo Regional dos Açores já ter afirmado que assumirá o passivo da ATA, o dirigente afirmou que este é um “facto consumado”, tendo sublinhado que há ainda verbas a receber do executivo açoriano, no âmbito dos contratos programa celebrados com a ATA, até 2025.

Carlos Morais, presidente da Assembleia Geral da ATA, adiantou aos jornalistas que os novos estatutos da instituição, aprovados apenas com um voto contra entre cerca de 40 associados presentes, resultam da fusão das duas únicas propostas apresentadas.

Deu-se uma prova evidente que os empresários do sector do turismo estão unidos após a saída do Governo Regional e da SATA e está-se a trilhar um novo caminho”, declarou o responsável, que adiantou que estão reunidas condições para que até final de março, princípios de abril, sejam aprovadas as contas da ATA e se realizem novas eleições.

Os novos estatutos determinam que a ATA passe a ter entre sete e nove elementos na nova direção, estando ainda prevista a criação de uma direção executiva de três elementos, bem como a contratação de um executivo para gerir o dia-a-dia da instituição face às políticas a implementar pela direção.

Os associados vão poder, entretanto, participar por videoconferência nas assembleias gerais e será aberta mais do que uma mesa de voto em ilhas de diferentes.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE