«Está em causa a operacionalidade» da PJ - TVI

«Está em causa a operacionalidade» da PJ

  • Portugal Diário
  • 23 fev 2008, 19:46

Associação sindical fez alerta e apontou o dedo ao Governo

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O presidente da associação sindical da Polícia Judiciária (PJ) Carlos Anjos alertou este sábado para a inoperacionalidade daquela força de segurança, responsabilizando o Governo por os seus operacionais cumprirem, apenas, «serviços mínimos», notica a Lusa.

Em declarações à SIC Notícias, Carlos Anjos afirmou que, neste momento, os operacionais da PJ estão numa «espécie de greve» e «cumprem os serviços mínimos obrigatórios».

Anjos exemplificou esta situação recordando a Operação Noite Branca, no Porto, onde foi feito um «apelo aos operacionais para trabalharem voluntariamente».

Segundo o dirigente sindical, o ministro que nomeou o director da PJ, Alípio Ribeiro, é «o mesmo que lhe tira o tapete debaixo dos pés», ao não lhe dar a lei orgânica, e que «dentro da instituição é um descrédito brutal para os funcionários».

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Anjos acrescenta que os anúncios não passam do papel, a Assembleia da República já aprovou as leis orgânicas da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública, enquanto que a da Policia Judiciária ainda não foi aprovada.

«[A] PJ tem tratamento diferenciado», acusou.

Por causa desta situação, Carlos Anjos diz que os «agentes estão desmotivados, sem qualquer perspectiva de progressão, sem objectivos nem liderança», quando a PJ tem de estar estável e ter os meios necessários desenvolver as suas operações.

Em relação ao Pacto da Justiça, Carlos Anjos esclarece que «melhoras não houve nenhumas» e lamenta que «os partidos ainda não tivessem chegado a acordo em 55 artigos», nos últimos oito meses.

«Eles discutem o sexo dos anjos», acusou.

Carlos Anjos falava no mesmo dia em que foi confirmado que o magistrado no Ministério Público Almeida Pereira, 53 anos, é o sucessor de Vitor Guimarães à frente da directoria do Porto da PJ.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Anjos disse não conhecer Almeida Pereira e limitou-se a desejar que este seja «feliz no cargo».
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