Celtejo fica mais um mês com descargas limitadas, agora a 30% - TVI

Celtejo fica mais um mês com descargas limitadas, agora a 30%

Ministério do Ambiente prolongou por mais 30 dias as limitações às descargas da empresa de Vila Velha de Ródão, depois do episódio de poluição no rio Tejo a 24 de janeiro

O Ministério do Ambiente prolongou por mais 30 dias as limitações às descargas da Celtejo, de Vila Velha de Ródão, mas com uma atenuante.

As restrições às descargas na empresa Celtejo vão prolongar-se por mais 30 dias, sendo agora imposta uma redução de 30% do volume diário de efluente a rejeitar. Caso se registe um agravamento da qualidade da água do rio Tejo, a limitação pode regressar aos 50%", indica o Ministério do Ambiente, em comunicado divulgado nesta segunda-feira.

Em 5 de fevereiro, o Ministério do Ambiente tinha anunciado um primeiro prolongamento por 30 dias de todas as medidas provisórias impostas à empresa Celtejo, incluindo a redução de 50% do volume diário de descargas de efluentes no rio Tejo.

As medidas provisórias com vista à revisão do Título de Utilização dos Recursos Hídricos haviam sido determinadas inicialmente pela Agência Portuguesa do Ambiente em 26 de janeiro e fixadas por 30 dias.

O alívio das restrições deve-se ao facto de se ter "verificado uma melhoria das condições de laboração na Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais da empresa", o que permite que, "durante o próximo mês", a limitação do caudal passe para 30% do valor inscrito na licença inicial, ou seja, "um valor máximo diário de 10.500 m3/dia".

A restrição agora revista obriga, em simultâneo, a uma redução da concentração do parâmetro CBO5 (carência bioquímica de oxigénio), que passa a ser de 1,6 kg por tonelada de pasta de papel produzida (kg/tSA). Este valor era inicialmente de 2,5 kg/tSA e durante os últimos 40 dias foi de 1,8 kg/tSA. Ou seja, com o aumento do caudal de efluente agora permitido é exigida uma maior restrição quanto às cargas a rejeitar", consta na nota.

A Celtejo estava "autorizada a rejeitar 15 mil m3/dia", mas, após o incidente de 24 de janeiro, foi imposta uma redução das descargas a um máximo de 7.500 m3/dia.

A tutela sublinha ainda que "há cerca de um mês que a concentração de oxigénio na água não baixa dos 7 mg/litro (o limite mínimo de qualidade é de 5 mg/l) pelo que se pode considerar como boa a qualidade da água do Tejo".

As análises diárias realizadas pela Agência Portuguesa do Ambiente vão manter-se.

 

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