DGS avisa: cuidado com a exposição ao ar livre - TVI

DGS avisa: cuidado com a exposição ao ar livre

  • CM
  • 12 out 2017, 09:05
Lisboa

Crianças, idosos, grávidas, pessoas com problemas respiratórios crónicos, principalmente asma, e doentes do foro cardiovascular devem ter cuidados redobrados

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda à população mais vulnerável que tenha cuidados redobrados na exposição ao ar livre por causa da poluição atmosférica devido aos incêndios e às condições meteorológicas.

Numa nota conjunta, a DGS e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) recordam que ocorreram nos últimos dias “excedências ao limiar de informação ao público do ozono" e "aos valores-limite de dióxido de azoto e partículas em suspensão em algumas zonas do território do continente”.

Este episódio de poluição atmosférica está associado à situação meteorológica atual, que tem “condicionado a dispersão dos poluentes atmosféricos, sendo também resultado da influência dos incêndios florestais que têm deflagrado nos últimos dias, com libertação de poluentes para a atmosfera”, indica a DGS.

Estes poluentes libertados para a atmosfera têm efeitos na saúde humana e, como a qualidade do ar é considerada fraca, a DGS aconselha cuidados redobrados às populações mais vulneráveis, designadamente “crianças, idosos, grávidas, pessoas com problemas respiratórios crónicos, principalmente asma, e doentes do foro cardiovascular”.

Os doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso e, em caso de agravamento de sintomas, contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou procurar uma unidade de saúde.

A população em geral deve evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes, recorda a DGS.

Tanto a APA como a DGS alertam para “uma persistência das condições meteorológicas, desfavoráveis à dispersão dos poluentes, nos próximos dias, com efeitos diretos na qualidade do ar e a ocorrência de eventos naturais de partículas nas regiões do Alentejo e Algarve”.

Alerta para quem viaja para o centro de Itália

A Direção-Geral da Saúde recomenda a consulta do viajante para quem pretenda viajar para a região de Lázio, no centro de Itália perto de Roma, por causa de um surto de uma doença transmitida por mosquitos infetados (Chikungunya).

Numa nota disponível no site, a Direção-geral da Saúde (DGS) lembra que a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou a ocorrência de um surto desta doença transmitida por mosquitos na Região de Lazio, nomeadamente na cidade de Roma e nas áreas costeiras de Anzio e Latina.

Foram igualmente notificados novos casos na Região de Calábria, município de Guardavalle.

A DGS recomenda a consulta do viajante antes da partida, sobretudo a pessoas com artrite, hipertensão artéria, doença cardíaca ou diabetes, viajantes com mais de 65 anos e grávidas em estado avançado de gravidez, “devido ao risco de doença grave para o recém-nascido cujo parto ocorra durante a doença da mãe”.

Aconselha igualmente esta consulta a viajantes com estadia prolongada, como pessoas que visitam amigos e familiares, a trabalhadores de ajuda humanitária e missionários.

Como medidas de proteção, é recomendado o uso de repelente de mosquitos em adultos e crianças, ao longo do dia. A DGS sublinha que o repelente deve ser aplicado após o protetor solar.

Aconselha igualmente a proteção das crianças em carrinhos de bebé e berços com redes mosquiteiras e o uso de vestuário largo, de cores claras e que diminua a exposição corporal à picada dos mosquitos (camisas de manga comprida, calças e calçado fechado).

A DGS diz igualmente que os viajantes devem optar por alojamento com ar condicionado. Caso não seja possível, devem usar redes mosquiteiras nas camas.

Já os viajantes que regressem das regiões afetadas e apresentem sintomas como febre, dores articulares, dores de cabeça, dores musculares e fadiga até 2 semanas após o regresso, devem contactar a Linha SNS (808 24 24 24) ou consultar o médico assistente logo que possível, referindo a viagem.

Alerta em Madagáscar por causa da peste

A Direção-Geral da Saúde aconselha também quem pretende viajar para Madagáscar a marcar antes uma consulta de medicina do viajante, usar sempre repelente quando chegar ao destino e evitar contacto com animais por causa da peste.

No início deste mês a OMS informou as autoridades de saúde da existência de um surto de peste, que já provocou a morte a pelo menos 45 pessoas.

Segundo a DGS, as áreas mais afetadas pelo surto de peste incluem a capital, Antananarivo, e Toamasina, na costa leste, onde fica o principal porto de Madagáscar.

Por prevenção, a DGS aconselha quem pretende viajar para Madagáscar a marcar uma consulta de medicina do viajante ou consultar o médico assistente e, quando chegar ao destino, evitar “o contacto com animais e indivíduos doentes ou mortos”.

Entre as medidas de prevenção estão o uso de repelente de insetos, para evitar a picada de pulgas.

Segundo a OMS, a peste reaparece todos os anos em Madagáscar, entre setembro e abril, mas este ano afeta as áreas urbanas do país desde agosto, contrariamente às epidemias anteriores.

A epidemia deste ano gerou uma onda de pânico entre a população, especialmente na capital.

De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde de Madagáscar, foram confirmados mais de 387 casos no território da ilha.

A bactéria da peste desenvolve-se em ratos e é transportada por pulgas. A forma bubónica da praga é menos perigosa do que a pulmonar.

Nos seres humanos, a forma pulmonar da doença é transmissível através da tosse e pode ser fatal em apenas 24 a 72 horas.

Continue a ler esta notícia