Portagens: utentes prometem não parar a luta - TVI

Portagens: utentes prometem não parar a luta

Concentração contra as portagens na A22 (Luís Forra/Lusa)

«Não é apenas uma partida, mas sim um campeonato» e o próximo jogo pode ter lugar nos tribunais, avançam

Relacionados
A comissão de utentes das autoestradas A23, A24 e A25 avisou, esta quinta-feira, o Governo que a luta contra as portagens «não é apenas uma partida, mas sim um campeonato» e o próximo jogo pode ter lugar nos tribunais.

Francisco Almeida, da comissão de utentes, lançou este aviso em conferência de imprensa que teve lugar numa área de serviço da A25 (Aveiro-Vilar Formoso) para marcar o primeiro dia de cobrança de portagens que, «em grande parte dos seus troços, tem portagens mais caras que as restantes autoestradas nacionais».

O recurso aos tribunais não é, no entanto, sinalizou Francisco Almeida, uma medida que vá «limitar a luta e a resistência», porque vai ser apenas um complemento a novas marchas lentas e buzinões na cidade de Viseu, bem como determinar um dia no mês para que as empresas e as pessoas circulem nas estradas nacionais (EN) 16 (Aveiro- Vilar Formoso e 2 (Chaves - Viseu), para reafirmar a sua «impraticabilidade» por camiões.

Ainda quanto ao recurso aos tribunais, Francisco Almeida advertiu que a comissão de utentes vai procurar sensibilizar as pessoas particulares e as empresas para que também, por iniciativa própria, avancem igualmente pela via judicial como complemento «a este combate e à resistência».

Nesta conferência de imprensa, a comissão de utentes, pela boca do seu porta-voz, reafirmou alguns dos alertas que tem vindo a fazer nos últimos meses, nomeadamente sobre a ausência de alternativas às autoestradas em questão, com forte impacto na economia das regiões que atravessam, as empresas e as pessoas que nelas trabalham e vive.

«É um crime cometido com agravantes porque é o que é a introdução de portagens em autoestradas sem alternativa em regiões onde o poder de compra é metade, ou mesmo abaixo, da média nacional», disse, acrescentando que alguns dos troços, por exemplo, da A25, «têm custos que chegam a ser 60 por cento superiores aos da A1 (Lisboa-Porto) ou da A5 (Lisboa-Cascais)».
Continue a ler esta notícia

Relacionados