SCUT: Câmara da Maia quer Governo a pagar obras nas vias alternativas - TVI

SCUT: Câmara da Maia quer Governo a pagar obras nas vias alternativas

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Para fugirem às portagens, muitos automobilistas optam pelas vias alternativas, fazendo aumentar aqui o trânsito

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A Câmara da Maia anunciou, esta sexta-feira, que vai exigir ao Governo o pagamento integral dos custos de todas as obras que vai ter de fazer nas estradas municipais devido ao aumento de tráfego provocado pela cobrança de portagens nas antigas SCUT.

Em comunicado, a Câmara da Maia afirma que a manhã foi «caótica» em termos de tráfego nas entradas e saídas do concelho, devido à cobrança de portagens na A41 e A28. «A Câmara vai ser obrigada a executar obras nas suas estradas municipais, fruto do aumento de tráfego provocado pela introdução de portagens, e irá processar o Governo, a quem vai exigir o pagamento integral dos custos com as obras de adequação das vias a esta nova realidade», refere o texto da autarquia.

Protestando «violentamente pela anarquia instalada» esta manhã nas estradas do concelho, a autarquia responsabiliza o Governo, em especial o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, «pela vergonha a que se assistiu».

Portagens na A28 e EN13 em obras indignam população

A população de Vila Nova de Anha, Viana do Castelo, manifesta-se sábado publicamente contra o arranque da cobrança de portagens na A28 numa altura em que a EN13 está em obras, provocando o «caos» na freguesia. «É apontada a EN13 como alternativa viável. Ora quem hoje se atrever a passar por Vila Nova de Anha deparar-se-á com filas e mais filas de espera, fruto das intermináveis obras a cargo das Estradas de Portugal, com remendos e mais remendos, fazendo-se o trânsito em circulação alternada», criticou, em comunicado, o presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Anha.

Rui Matos manifestou «repúdio e revolta» por esta situação. De acordo com a Lusa, a EN13 regista, esta sexta-feira, um fluxo anormal de trânsito entre Viana do Castelo e a Zona Industrial de Neiva, por muitos automobilistas terem optado por aquela via para «fugir» ao primeiro pórtico de cobrança de portagens na A28.

O Destacamento de Trânsito da GNR/Porto afirmou à Lusa que, às 11:30, o trânsito estava ainda «muito intens» na EN13, na zona da Maia. «Na zona das Guardeiras, na Maia, o trânsito está muito intenso em ambos os sentidos», afirmou a fonte, acrescentando que as filas de trânsito atingem entre três a quatro quilómetros.

Portagens obrigam automobilistas a voltar às curvas da EN 207

A introdução das portagens na SCUT do Grande Porto (A41/A42) está a obrigar alguns automobilistas a regressar às curvas da EN 207, atravessando a serra da Agrela, na zona de Paços de Ferreira.

São cerca de oito quilómetros de declive acentuado e de dezenas de curvas sucessivas, grande parte das quais, muito apertadas, que dificultam o cruzamento de veículos pesados, atrapalhando também a circulação dos ligeiros.

De acordo com camionistas ouvidos pela Lusa, a viagem entre Paços de Ferreira e o Porto, cerca de 30 quilómetros, pode durar 45 minutos, mais do dobro do que é necessário com a auto-estrada.

Aveiro: automobilistas «fogem» para a EN109

O início do pagamento de portagens, entre Aveiro e Porto, levou habituais utentes a «fugirem» para a EN 109, onde, no entanto, não se verificaram congestionamentos.

A circulação na concessão da Costa da Prata, entre Mira e Porto, começou hoje a ser paga pelos utentes, à semelhança das concessões do Norte Litoral e do Grande Porto, apesar dos protestos dos condutores e dos autarcas.

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