Corveta Oliveira e Carmo vai ser afundada a 27 de outubro - TVI

Corveta Oliveira e Carmo vai ser afundada a 27 de outubro

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Operação vai decorrer ao largo de Portimão

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O afundamento do primeiro dos quatro navios de guerra da Marinha Portuguesa que vão integrar o parque subaquático para mergulho ao largo de Portimão, está marcado para o dia 27 de outubro, anunciou hoje o promotor do projeto citado pela Lusa.

De acordo com o presidente da associação Submar, Luís Sá Couto, «já estão reunidas todas as licenças e condições necessárias para que dois dos quatro navios possam ser afundados».

A corveta «Oliveira e Carmo» será afundada no dia 27 de outubro, seguindo-se no dia 3 de novembro, o afundamento do navio-patrulha Zambeze.

Depois de terem sido removidos os materiais com substâncias consideradas contaminantes e nocivas para o meio ambiente, os dois navios estão a ser submetidos a inspeções técnicas para que o afundamento seja efetuado com todas as condições de segurança.

«O processo foi desenvolvido por uma empresa especializada, sendo os materiais perigosos recolhidos por empresas que tratam da sua reciclagem, sob a supervisão de várias entidades.

«Óleos, amianto e todas as substâncias perigosas foram retiradas, ficando apenas o seu casco e alguns materiais que não representam perigos de contaminação do meio marinho», observou Luís Sá Couto.

Os trabalhos de descontaminação dos quatro navios custaram cerca de 2,4 milhões de euros, verba que foi angariada pela empresa junto de grupos privados.

A corveta Oliveira e Carmo, que durante 40 anos serviu a Marinha de Guerra Portuguesa, será o primeiro dos quatro navios de guerra que serão afundados para integrarem o parque subaquático Ocean Revival, local que mergulho controlado a 5,5 quilómetros ao largo de Portimão.

Um investimento de cerca de três milhões de euros que visa dinamizar e explorar o turismo de mergulho no Algarve.

«É um processo complexo, mas que terá retorno ao nível do turismo de mergulho", observou Luís Sá Couto.

O navio oceanográfico Almeida Carvalho e a fragata Hermenegildo Capelo irão juntar-se à corveta Oliveira e Carmo e ao navio-patrulha Zambeze, todos desativados e cedidos pela Marinha Portuguesa à autarquia de Portimão a custo zero.

Como o promotor privado não podia receber os navios diretamente da Marinha, a autarquia fez uma parceria com a Submar para viabilizar a sua transferência.

As embarcações serão afundadas a cerca de 30 metros de profundidade ao largo de Alvor, ficando a parte mais alta do navio a cerca de 15 metros da superfície, para não causar impedimentos à circulação marítima.

O promotor pretende que o projeto permita colocar o Algarve no circuito de internacional de mergulho, devido ao clima e à abundância de espécies de fauna e flora marítima.
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