Veja como foi afundada a fragata Hermenegildo Capelo - TVI

Veja como foi afundada a fragata Hermenegildo Capelo

Barco passa a fazer parte do parque subaquático em Portimão

A fragata Hermenegildo Capelo, o terceiro dos quatro navios da Marinha Portuguesa que integram o parque subaquático para mergulho no Algarve, foi afundada neste sábado ao largo de Portimão, operação que decorreu «conforme tinha sido planeada».

«Os mergulhadores da Marinha fizeram a primeira inspeção e confirmaram que o navio caiu direitinho no fundo, e deram o ok para que se iniciem os mergulhos», disse Luís Sá Couto, o promotor do projeto Ocean Revival.

De acordo com o empresário náutico, «a operação de afundamento decorreu conforme tinha sido planeada, ficando o navio estabilizado a cerca de 30 metros de profundidade» ao largo da praia de Alvor, em Portimão.

A fragata Hermenegildo Capelo, juntou-se assim à corveta «Oliveira e Carmo» e ao navio-patrulha «Zambeze», ambos afundados no final de 2012, para integrarem o parque subaquático para mergulho do Algarve.

Os três navios que durante cerca de 40 anos serviram a Armada Portuguesa estão «sepultados» no mar a três milhas a sudoeste de Portimão (uma milha náutica equivale a 1.852 metros) e a cerca de 1,5 milhas da praia de Alvor, em Portimão, no parque subaquático, cujo investimento está estimado em cerca de três milhões de euros.

O afundamento da Hermenegildo Capelo iniciou-se pouco depois das 13:00, através de explosões controladas que provocaram diversos rombos no casco provocando o seu afundamento em cerca de dois minutos.

As operações de colocação e rebentamento dos explosivos foram efetuadas por técnicos canadianos e coordenadas pela Marinha Portuguesa, que procedeu depois à primeira inspeção técnica para verificar a estabilidade do navio.

De acordo com o promotor do projeto Ocean Revival, Luís Sá Couto, «todos os afundamentos decorreram como tinham sido previstos ficando os navios direitos e assentes num fundo de areia na costa algarvia».

Os três navios foram afundados depois de lhes terem sido removidos os materiais com substâncias consideradas contaminantes e nocivas para o meio ambiente, nomeadamente óleos e amianto, ficando apenas o casco e matérias que não representam perigo de contaminação para o meio marinho.

O projeto Ocean Revival está estimado em três milhões de euros, dos quais 2,4 milhões destinados aos trabalhos de descontaminação dos navios, verba que tem sido angariada pela empresa junto de grupos privados e através de doações de mergulhadores profissionais.
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