Casa da Música com derrapagem de 228 por cento - TVI

Casa da Música com derrapagem de 228 por cento

Concerto na Casa da Música

Porto: obra custou mais 77,2 milhões do que o previsto e só ficou concluída quatro anos depois do calendário estipulado

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O Tribunal de Contas (TC) concluiu que a construção da Casa da Música, no Porto, custou mais 77,2 milhões de euros do estava previsto, o que corresponde a uma derrapagem financeira de 228 por cento, refere a Lusa.

Além disso, segundo o TC, a construção demorou mais quatro anos e meio, sendo que aqui o desvio face à data prevista é de 198 por cento.

Os dados constam do relatório de auditoria do TC sobre a Casa da Música, o terceiro de um total de cinco que aquela instância fiscalizadora decidiu realizar, tendo como alvo as «derrapagens em obras públicas, quer na vertente financeira, quer no que toca ao incumprimento dos prazos».

O tribunal presidido por Oliveira Martins justifica a decisão, inédita na sua história, «considerando a importância das consequências negativas, no domínio de grandes obras públicas, das várias derrapagens para o erário público e para a disponibilidade aos utentes de bens públicos».

O TC focou a sua atenção nas obras dos túneis do Rossio e do Terreiro do Paço, em Lisboa, da Ponte Europa, em Coimbra, e da Casa da Música e de ampliação do Aeroporto Sá Carneiro, no Porto.

Há três pontos comuns às cinco obras seleccionadas: forte investimento, elevado nível de complexidade e «derrapagens significativas», tanto nos custos como nos prazos de execução.

A Casa da Música foi a obra mais emblemática do Porto-Capital Europeia da Cultura 2001, sendo hoje um dos mais concorridos e dinâmicos espaços culturais daquela cidade. A sua construção fez parte da «requalificação cultural» promovida pela entidade gestora daquele evento.
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