Porto: burlão das notas de 50 euros condenado a 8 anos de prisão efetiva - TVI

Porto: burlão das notas de 50 euros condenado a 8 anos de prisão efetiva

Homem, de 42 anos, entrava em confeitarias, cafés, pastelarias e restaurantes do Norte e, enquanto simulava falar ao telemóvel, pedia sandes para levar e solicitava aos comerciantes para lhe trocar uma nota de 50 euros que nunca entregava, pondo-se depois em fuga num carro

Um homem acusado de mais de 30 burlas com notas de 50 euros, entre 2014 e 2016, foi condenado, nesta sexta-feira, a oito anos de prisão efetiva pelo Tribunal de Vila Nova de Gaia, no Porto.

O homem ficou ainda obrigado ao pagamento de uma multa de 50 euros e a dois anos de inibição de conduzir.

A presidente do coletivo de juízes afirmou que os factos foram “quase” todos dados como provados, desde a existência de um plano para a realização das burlas, a ida aos estabelecimentos comerciais, o modo como se apropriava das notas, assim como a perseguição feita pela PSP e que levou à sua detenção.

Estes tipos de crimes causam bastante alarme social e, infelizmente, são frequentes na sociedade”, disse.

No julgamento, que começou a 11 de outubro, o arguido confessou parte dos factos e justificou-os com a necessidade de conseguir dinheiro para comprar droga.

O suspeito de 42 anos admitiu que, até ser detido em março deste ano, entrava em confeitarias, cafés, pastelarias e restaurantes do norte do país e, enquanto simulava falar ao telemóvel, pedia sandes para levar e solicitava aos comerciantes para lhe trocar uma nota de 50 euros que nunca entregava, pondo-se depois em fuga num carro.

“O dinheiro que arranjava era para comprar cocaína e heroína para mim e para a minha namorada que, por vezes, me acompanhava, mas ficava sempre no carro”, disse na altura ao coletivo de juízes.

O “burlão das notas de 50 euros”, como ficou conhecido, está acusado de 47 crimes, entre os quais 36 de burla qualificada, furtos, roubos, violência após a subtração, violação de imposições, condução perigosa de veículo rodoviário, resistência e coação sobre funcionário, ofensa à integridade física na forma tentada e dano.

Já sob vigilância das autoridades, o arguido viria a ser detido em março deste ano, após um perseguição que começou na baixa do Porto e terminou em Vila Nova de Gaia com o despiste do carro em que seguia a alta velocidade.

A sua companheira também está a ser julgada por coautoria de alguns crimes, estando sujeita a apresentações periódicas às autoridades.

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