Covid-19: trabalhadores da sede da Parfois em Rio Tinto em quarentena - TVI

Covid-19: trabalhadores da sede da Parfois em Rio Tinto em quarentena

  • RL
  • 10 mar 2020, 16:44
Coronavírus

Medida tomada após um colaborador que exerce funções nas instalações ter testado positivo para o novo coronavírus

A Parfois anunciou esta terça-feira ter colocado em quarentena os trabalhadores da sede da empresa em Rio Tinto, no Porto, após um colaborador que exerce funções naquelas instalações ter testado positivo para o novo coronavírus.

A quarentena vem na sequência do caso confirmado de Marco Almeida, que atuou este fim-de-semana no Hard Club, e que, por sua vez, é marido da proprietária da Parfois.

Questionada pela agência Lusa, fonte oficial da empresa adiantou que são abrangidos pela quarentena um total de 455 trabalhadores que, seguindo as orientações da Direção-Geral de Saúde, "ficarão em casa até 18 de março".

“Como medida preventiva, todas as pessoas que estiveram em contacto direto com este colaborador permaneceram em quarentena durante o dia de hoje e não estiveram presentes nos escritórios”, refere a Parfois em comunicado, acrescentando que “procedeu à aplicação da quarentena para os restantes colaboradores da sua sede em Rio Tinto”.

Segundo refere, “por este motivo gerou-se uma situação excecional de ‘homeworking’ [teletrabalho] para algumas das equipa da empresa”.

De acordo com a marca portuguesa especializada em acessórios de moda, como lenços, chapéus, bijutaria, malas e carteiras, o caso positivo de Covid-19 foi “detetado no dia 08 de março”, estando o colaborador "a ser tratado” e com “um quadro de evolução favorável”.

Neste momento, toda a situação está limitada a um só caso e não existem motivos de alarme. Todos os colaboradores da marca foram devidamente informados e estão a ser levadas a cabo medidas preventivas em conformidade com o indicado pelas autoridades responsáveis”, refere.

Sustentando que, “atualmente, o setor de ‘retail’ [retalho] tem vindo a ser afetado por uma situação excecional e de larga escala, fora do controlo direto das próprias empresas”, a Parfois garante que “vai permanecer em alerta e em constante contacto com Direção-Geral da Saúde para continuar a proceder devidamente nos próximos dias”.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

A quarentena imposta pelo governo italiano ao Norte do País foi alargada a toda a Itália.

O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.

A China registou segunda-feira mais uma queda no número de novos casos de infeção, 19, face a 40 no dia anterior, somando agora um total de 80.754 infetados e 3.136 mortos, na China Continental.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

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