Greve do metro: portuenses resignados, turistas aflitos

A greve dos trabalhadores do Metro do Porto, iniciada esta segunda-feira, está a registar uma adesão de 100 por cento, mas os efeitos são «praticamente nulos» devido aos serviços mínimos decretados pelo Governo, disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), Ilídio Pinto.

Segundo o dirigente sindical, foram escalados 83 trabalhadores para cumprir os serviços mínimos e em dias normais estariam ao serviço 130 trabalhadores. «O tempo de passagem poderá ser mais espaçado, mas como os veículos andam duplos, os passageiros vão sendo escoados», explicou. A greve, recorde-se, decorre até às 05:00 de sábado.

O PortugalDiário andou esta manhã de metro e constatou que os maiores problemas se prendem com os atrasos. Maiores numas linhas do que noutras. No sentido Matosinhos/Estádio do Draão, por exemplo, o tempo de espera era de dez minutos, mas no sentido inverso rondava os 20 ou 30 minutos. Ainda assim, os portuenses, avisados da greve, tomaram precauções e saíram de casa mais cedo. Por isso mesmo, mostravam-se conformados.

O pior são mesmo os turistas. Completamente desorientados recorrem a quem está perto para pedir informações. E o panorama torna-se ainda mais complicado com o facto de esta segunda-feira, segundo fonte da Metro do Porto no local, não haver linha para o aeroporto.

A alternativa para chegar ao Sá Carneiro é apanhar a linha da Póvoa de Varzim e sair na estação de Verdes. Aqui sim, pode seguir para o aeroporto.

Serviço sem precalços

Contactada pela Lusa, fonte da Metro do Porto disse que o «impacto» da greve é «pontual», estando o serviço a ser prestado «sem percalços». «Há um aumento da taxa de ocupação dos veículos, mas os efeitos da greve são quase nulos», acrescentou.

A paralisação foi convocada devido à interrupção pela Transdev, operadora do Metro do Porto, das negociações sobre o acordo de empresa e o regulamento de carreiras.