Homem que fugiu do tribunal nega envolvimento em assalto: “É tudo mentira" - TVI

Homem que fugiu do tribunal nega envolvimento em assalto: “É tudo mentira"

  • RL
  • 27 nov 2019, 19:59

O homem fazia parte do trio que em 2018 fugiu do Tribunal de Instrução Criminal do Porto e acabou recapturado

Um homem de 34 anos, que fazia parte do trio que em 2018 fugiu do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto e acabou recapturado, negou esta quarta-feira o envolvimento no assalto a uma residência na Feira, distrito de Aveiro.

“É tudo mentira. Se tivesse sido eu, tinha admitido”, afirmou o arguido, que falava na primeira sessão do julgamento, no Tribunal da Feira.

O arguido está acusado de um crime de furto qualificado, por factos praticados em 2015. De acordo com a acusação do Ministério Público, o suspeito entrou na casa por uma das janelas, levando vários artigos em ouro no valor global de 15 mil euros.

O arguido foi detido juntamente com um irmão gémeo e um cúmplice em 16 de outubro de 2018 por diversos assaltos a idosos.

Os três indivíduos foram presentes ao TIC no dia 18 e acabaram por fugir do tribunal, depois de lhes ser decretada prisão preventiva, tendo sido recapturados no dia seguinte, num parque de campismo de Melres, Gondomar.

Pelo menos 30 assaltos violentos, que renderam meio milhão de euros em dinheiro e bens, terão sido consumados em residências de idosos do Grande Porto por este grupo desmantelado pela PSP, revelou na altura fonte envolvida na operação.

"Os roubos terão começado em fevereiro e indiciámos já este grupo pela prática de pelo menos 30 assaltos, mas admitimos que possam ser mais. E o valor global dos roubos será de uns 500 mil euros, entre dinheiro e bens”, afirmou então à agência Lusa o comissário da PSP Afonso Sousa.

Os roubos ocorreram na zona mais oriental do Porto e em concelhos periféricos, como Gondomar, Valongo ou Maia. Os alvos do grupo eram pessoas com idades entre 65 e 95 anos, segundo a fonte.

Atuavam sempre com grande violência. Às vezes agrediam as vítimas, ao ponto de algumas necessitarem de hospitalização, outras vezes punham sacos na cabeça dos assaltados, outras ainda intimidavam as pessoas com armas de fogo”, disse o comissário.

Um dos irmãos foi condenado há uma década a nove anos de prisão por roubos agravados, que não chegou a cumprir, e o outro irmão foi condenado recentemente a cinco anos de prisão, com pena suspensa, por roubos agravados.

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