Noite Branca: arguido em prisão preventiva - TVI

Noite Branca: arguido em prisão preventiva

Imagem de arquivo (João Abreu Miranda/Lusa)

Fábio indiciado pelo homicídio qualificado do segurança Ilídio Correia e por sete tentativas de homicídio

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Fábio C., o jovem que ontem foi detido no âmbito da «Operação Noite Branca», já foi ouvido no Tribunal de Instrução Criminal do Porto e ficou em prisão preventiva.

De acordo com informações recolhidas pelo IOLPortugalDiário, o primo de «Pidá», alegado cabecilha do gangue da Ribeira, está indiciado pela morte do segurança Ilídio Correia, em Miragaia, a 29 de Novembro de 2007.

Além deste homicídio qualificado na forma consumada, o arguido está ainda indiciado por sete tentativas de homicídio respeitantes às pessoas que acompanhavam a vítima abatida a tiro.

Fábio é ainda suspeito de dois crimes de posse ilegal de arma.

Confrontado com escutas telefónicas

O arguido foi ouvido pela juíza de instrução Anabela Tenreiro, que já o interrogara quando foi detido pela primeira vez, em Dezembro de 2007. O jovem prestou declarações e negou o seu envolvimento nos crimes, tendo sido confrontado com escutas telefónicas, interceptadas antes mesmo da prática dos crimes.

No final, a juíza aplicou a medida de coacção máxima, invocando a alteração substancial dos crimes pelos quais o suspeito está indiciado, além dos perigos de fuga e de continuação da actividade criminosa. O arguido decidiu recorrer.

Acusação na próxima semana

Refira-se que a equipa da procuradora Helena Fazenda, que investiga os crimes na noite portuense, ouviu, quinta-feira, os quatro arguidos em prisão preventiva, Bruno Pinto «Pidá», Mauro Santos, Fernando Martins «Beckham» e Ângelo Miguel Ferreira «Tiné», além de outras testemunhas.

A acusação deverá ser conhecida até à próxima sexta-feira, data em que se excede o prazo (de um ano) de prisão preventiva dos arguidos sem uma acusação deduzida.

«Pidá» e os restantes arguidos foram detidos a 16 de Dezembro de 2007 e colocados em prisão preventiva três dias depois.

Bruno Pinto está indiciado por dois homicídios consumados, em co-autoria, relativos ao empresário Aurélio Palha e ao segurança de Miragaia, Ilídio Correia.

O alegado líder do gangue da Ribeira é ainda suspeito de um crime de ofensa à integridade física, contra Natalino, irmão de Ilídio Correia, bem como de 12 tentativas de homicídio, um crime de detenção de arma proibida e um crime de associação criminosa.

Mauro Santos está indiciado por dois homicídios, seis tentativas de homicídio, um crime de detenção de munições e outro de tráfico de droga.

Fernando Martins (Beckham) é suspeito de um crime de homicídio (Ilídio Correia), dez tentativas de homicídio, um crime de detenção de arma proibida e outro de tráfico de estupefacientes.

Ângelo Miguel Ferreira é suspeito de um homicídio (Ilídio), cinco tentativas de homicídio e um crime de detenção de arma proibida e outro de associação criminosa. Todos os arguidos estão indiciados por crime de associação criminosa.
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