Pinto da Costa volta ao banco dos réus - TVI

Pinto da Costa volta ao banco dos réus

Pinto da Costa

Começa esta terça-feira o julgamento do «caso do envelope» do processo Apito Dourado

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O Tribunal de Gaia inicia esta terça-feira o julgamento do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e de mais dois arguidos no âmbito do chamado «caso do envelope», um processo do Apito Dourado relativo ao jogo Beira-Mar/Porto.

Jorge Nuno Pinto da Costa e o co-arguido António Araújo - um empresário de futebol - estão pronunciados pelo crime de corrupção activa desportiva. Ao árbitro Augusto Duarte é imputado o crime de corrupção desportiva na forma passiva.

O julgamento ocorre cerca de um ano depois da juíza Anabela Tenreiro, do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, ter decidido, num despacho de 50 páginas, que o caso iria mesmo à barra judicial.

Este processo reporta-se ao encontro Beira Mar-F.C Porto, da 31ª jornada da Superliga de 2003/2004, que foi realizado em 18 de Abril de 2004 e terminou com um empate sem golos.

Dois dias antes daquele jogo, o árbitro Augusto Duarte e António Araújo visitaram Pinto da Costa na sua casa na Madalena, Gaia. O presidente portista terá alegadamente dado então um envelope com dinheiro ao árbitro, acusa o Ministério Público (MP).

O montante em causa seria 2.500 euros, segundo afirmações de Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, repetidas já no TIC do Porto, num depoimento que a juíza de instrução acabou por credibilizar.

Na sua decisão instrutória, a juíza de instrução Anabela Tenreiro desvalorizou o argumento de falta de credibilidade da testemunha Carolina Salgado, cujo depoimento serviria, na tese das defesas, apenas para se vingar e humilhar publicamente o ex-companheiro.

O processo, que chegou a ser arquivado pelo Ministério Público de Gaia, foi reaberto pela Equipa de Coordenação do Processo Apito Dourado (ECPAD), liderada pela magistrada Maria José Morgado, e a acusação foi deduzida em 19 de Junho de 2007.

O processo "Apito Dourado", que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional português e na arbitragem, foi desencadeado a 20 de Abril de 2004 com a detenção para interrogatório de vários dirigentes e árbitros de futebol.
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