PJ fala em «contexto favorável» a crimes na noite - TVI

PJ fala em «contexto favorável» a crimes na noite

  • Portugal Diário
  • 5 dez 2007, 20:12
Dono do «Avião» era testemunha no caso «Passerelle»

Director diz que há «uma criminalidade violenta a que não se estava habituado

Relacionados
O director nacional da Polícia Judiciária afirmou hoje que se assiste a «uma criminalidade violenta a que não se estava habituado associado aos negócios da noite» e admitiu existir actualmente «um contexto favorável a esse tipo de crimes», noticia a Lusa.

«Há uma criminalidade violenta a que não estávamos habituados e que está manifestamente associada aquilo que é comum designar como negócios da noite», disse Alípio Ribeiro à Lusa, a propósito das mortes violentas ocorridas recentemente em Lisboa e no Porto envolvendo empresários e seguranças da noite.

Segundo o director nacional da Polícia Judiciária existe actualmente um «contexto favorável» para este tipo de criminalidade, que disse estar «localizada geográfica e socialmente», pelo que acredita ser possível «tomar medidas em que se poderá desarticular o contexto em que se desenvolveu».

O Procurador-Geral da República (PGR) manifestou-se terça-feira «preocupado» com a forma «mais profissional» como se têm vindo a cometer crimes violentos em Portugal, numa alusão ao homicídio na madrugada de domingo do proprietário do bar «Avião», em Lisboa.

«Violência muito mais organizada»

Em declarações à Lusa, Pinto Monteiro afirmou que «há actualmente uma violência muito mais organizada do que havia».

«A violência não aumentou, não há mais casos registados. Há, sim, crimes mais agressivos, com mais eficácia. São mortes mais profissionais, praticamente execuções», considerou.

Segundo o PGR, «não foram tomadas quaisquer medidas de excepção em relação aos últimos acontecimentos [crimes violentos associados à noite de Lisboa e do Porto], estando estes a ser investigados pela Polícia Judiciária, sob a alçada dos Departamentos de Investigação e Acção Penal (DIAP)».

José Gonçalves, dono do bar de strip-tease «Avião», localizado próximo do Aeroporto de Lisboa, morreu na madrugada de domingo no interior do seu carro, na sequência de uma explosão.

Este empresário integrava a lista das testemunhas de acusação do «caso Passerelle», em fase de julgamento no Tribunal de Leiria.

Vários casos de homicídio e de violência ocorreram nos últimos meses em estabelecimentos de diversão nocturna, designadamente no Norte do país.

Na área do Porto registaram-se cinco homicídios alegadamente relacionados com «máfias da noite».
Continue a ler esta notícia

Relacionados