O médico Gentil Martins esteve, na tarde desta segunda-feira, em direto na TVI24 e acusou o Governo de "incompetência simples", na gestão da ajuda dos médicos reformados no combate à pandemia.
Juntando-se assim, ao grupo de mais de uma centena de médicos, que escreveram uma carta à ministra da Saúde a queixarem-se do elevado nível de burocracias quando se ofereceram para ajudar como voluntários o SNS.
O cirurgião, que considera que "os médicos estão esgotados", falou também sobre o programa de vacinação contra a covid-19.
A razão da prioridade dada aos profissionais de saúde é porque eles são quem tratam as pessoas em geral. Se não estiverem saudáveis ou estiverem em isolamento, os doentes não podem ser tratados", afirmou.
Gentil deixou também clara, a sua preocupação para com os doentes "não-covid", afirmando que "há todo o resto da patologia gravíssima, nomeadamente o cancro, que está a perder oportunidades de cura, por causa da covid-19".
Isto porque, nas palavras do médico, os políticos "não concretizam as declarações, e a maioria dos médicos que são teoricamente prioritários no tratamento e vacinação, não estão a ser tratados".
O conceituado cirurgião deixa também a "lembrança" de que "não temos de ter só o serviço de saúde do Estado, nós somos todos médicos que tratamos doentes, quando precisam. Seja no social ou no privado. É tudo um conjunto".