Covid-19: hospitais de Coimbra estão perto do limite da capacidade - TVI

Covid-19: hospitais de Coimbra estão perto do limite da capacidade

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  • DA / atualizada às 15:11
  • 30 nov 2020, 14:30
Covid-19

O presidente do CHUC alerta ainda que o aumento de camas na unidade de cuidados intensivos para doentes covid-19 também implica a desativação de outras atividades do hospital

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) está "muito próximo do limite de capacidade" de resposta à covid-19, devido à falta de recursos humanos, afirmou esta segunda-feira o presidente do conselho de administração da entidade.

Estamos com cerca de 46 doentes na unidade de cuidados intensivos (UCI), muito próximo do limite de capacidade, que na UCI não é apenas de camas, mas fundamentalmente de recursos humanos", afirmou o presidente do CHUC, Carlos Santos, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra.

Segundo Carlos Santos, há 49 camas de nível 3 na UCI e 16 de nível 2, frisando que ainda há disponibilidade de algumas camas num piso dos Hospitais da Universidade, mas que o problema situa-se na "disponibilidade imediata de recursos humanos".

O responsável alertou ainda que o aumento de camas na unidade de cuidados intensivos para doentes covid-19 também implica a desativação de outras atividades do hospital.

De cada vez que acionamos um maior número de camas em cuidados intensivos, é necessário mobilizar profissionais de outras especialidades", explicou, salientando que, por exemplo, a atividade cirúrgica no Hospital dos Covões, que faz parte do CHUC, está parada.

De acordo com Carlos Santos, para além da capacidade de UCI, o CHUC tinha um dispositivo de 90 camas em enfermaria para doentes estáveis de covid-19, que neste momento já se situa nas 150 camas, havendo, de momento, quatro vagas.

Questionado pelos jornalistas, o presidente do CHUC confirmou que houve um surto que afetou alguns profissionais no Hospital dos Covões na semana passada, referindo que esses mesmos profissionais estão em isolamento profilático, não tendo informação de quantos é que foram infetados.

Presidente dos Hospitais de Coimbra pede “urgência” na criação de nova maternidade

O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) afirmou esta segunda-feira que a construção de uma nova maternidade na cidade é "urgente" e que já "peca por tardia".

A construção de uma nova maternidade na cidade é uma decisão "que já peca, nesta altura, por tardia", afirmou o presidente do CHUC, Carlos Santos, quando questionado pela agência Lusa no final de uma visita à Maternidade Bissaya Barreto, que integra, juntamente com a Maternidade Daniel de Matos, o centro hospitalar.

Não tenho indicação da tutela [de quando será construída], mas esse momento é sentido por todos nós como uma necessidade urgente. Sobre essa matéria não há dúvidas da parte de ninguém sobre uma decisão urgente sobre a questão da localização do novo serviço de obstetrícia e neaonatologia", vincou.

Segundo Carlos Santos, os desafios que o CHUC tem de enfrentar de momento com a pandemia vincam ainda mais a necessidade de ser tomada uma decisão "rapidamente", a partir de "critérios técnicos e clínicos".

O presidente do conselho de administração vincou ainda que a decisão tem de ser tomada a partir de "uma visão a longo prazo", para que a opção tomada seja "correta, racional e entendida por todos".

A visita à Maternidade Bissaya Barreto surgiu após obras de remodelação de uma área para assegurar a separação de circuitos para grávidas com covid-19, garantindo condições de segurança e conforto para todas as utentes.

Segundo a diretora do serviço de Obstetrícia B, Céu Almeida, é criado agora um circuito independente para grávidas e puérperas com sintomas de covid-19, podendo o teste ser feito no local, havendo um piso da maternidade dedicado a grávidas que testaram positivo.

Com esta remodelação, temos um circuito exclusivo, de entrada exterior para grávidas potencialmente infetadas, garantindo a segurança para todas. Sente-se alguma insegurança e as grávidas estão a vir cada vez mais tarde para a urgência. Pensam que não têm segurança, mas há condições, seja para grávidas infetadas ou grávidas sem infeção", frisou a diretora do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia, Reprodução e Neonatologia, Teresa Almeida Santos.

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