Os trabalhadores da segurança dos aeroportos começam hoje uma greve de cinco dias exigindo melhores condições laborais, um protesto que coincide nos primeiros dois dias com o controlo de fronteiras devido à visita do papa Francisco.
A paralisação dos trabalhadores das empresas de segurança privada Prosegur e Securitas, convocada pelo Sitava, prolonga-se até quarta-feira e vai abranger todos os aeroportos nacionais, com o objetivo de exigir melhores condições de trabalho, nomeadamente quanto aos horários de trabalho e salários.
A ANA - Aeroportos de Portugal admite que a greve de cinco dias das empresas de segurança pode causar constrangimentos, recomendando aos passageiros que despachem a bagagem e que se desloquem para o aeroporto pelo menos duas horas antes dos voos.
Em comunicado, a ANA afirma que "é previsível que o processamento de passageiros nos aeroportos nacionais sofra constrangimentos" durante esse período e recomenda aos passageiros que viagem entre 13 e 17 de maio que "procurem ou aguardem as instruções transmitidas pelas suas companhias aéreas".
Esta sugere também que "os passageiros procedam ao despacho de bagagem no 'check-in', isto é, no porão, para reduzir o número de peças a rastrear no controlo de bagagem de mão" e que "cheguem ao aeroporto com, pelo menos, duas horas de antecedência em relação à hora do seu voo".
Em declarações à Lusa, Armando Costa, representante do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), disse que, após "um plenário muito participado", ficou decidido que os trabalhadores das empresas Prosegur e Securitas de todos os aeroportos do país, incluindo os dos Açores e da Madeira, vão fazer uma greve que inclui os dias da visita do Papa Francisco.
"É uma greve de cinco dias, 24 horas por dia, de 13 a 17 de maio, para os trabalhadores de todos os aeroportos nacionais, incluindo Açores e Madeira", afirmou o sindicalista responsável pelos assistentes de portos e aeroportos (APA).