Há mais de 2,3 milhões de portugueses a viver pelo mundo - TVI

Há mais de 2,3 milhões de portugueses a viver pelo mundo

  • CP
  • 28 dez 2017, 13:23

Em 2016, houve uma grande quebra nos números da emigração, principalmente devido às situações em Angola e no Reino Unido

Portugal continua a ser, em termos acumulados, o país da União Europeia com mais emigrantes em proporção da população residente (considerando países com mais de um milhão de habitantes).

“De acordo com as últimas estimativas das Nações Unidas, para 2015, o número de emigrantes nascidos em Portugal superou os dois milhões e trezentos mil (2,306 milhões), o que significa que cerca de 22% dos portugueses vive fora do país”, sublinha o Relatório da Emigração, referente ao ano passado, elaborado pelo Observatório da Emigração.

A maioria dos emigrantes vive atualmente na Europa, diferentemente dos anos de 1960 e 70 do século XX, segundo o documento.

Segundo o estudo, refletindo “o efeito acumulado dessa reorientação dos fluxos e a sua intensificação nas últimas décadas, a percentagem de portugueses a viver na Europa passou de 53%, em 1990, para 62%, em 2015, de acordo com estimativas das Nações Unidas”.

Um total de 100 mil portugueses emigraram em 2016, menos 10 mil que no ano anterior, acentuando a tendência de descida da emigração desde 2013, segundo o mesmo relatório.

“Em 2016, essa trajetória de descida (da emigração) teve mesmo uma ligeira aceleração, ficando-se o número de saídas por um valor da ordem dos 100 mil indivíduos."

Em 2015, o número de portugueses que saíram do país foi de 110 mil. De acordo com o estudo, publicado anualmente, “a análise da nova série estatística construída pelo Observatório da Emigração revela que a emigração atingiu o seu valor máximo deste século em 2013, com cerca de 120 mil saídas, tendo desde então iniciado uma trajetória de descida em linha com a recuperação económica no país, embora a um ritmo mais lento”.

Entretanto, o relatório esclareceu que se mantêm ainda níveis de emigração que, na história recente, só têm paralelo com os movimentos populacionais dos anos de 1960 e 1970 do século XX.

O documento indicou ainda que é improvável, a curto prazo, “a retoma dos níveis mais baixos de emigração anteriores à crise” económica em Portugal.

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