Habitantes de Valonguinho só conseguem sair da aldeia a pé - TVI

Habitantes de Valonguinho só conseguem sair da aldeia a pé

Estrada ruiu na sequência do mau tempo e povoação ficou isolada

Os habitantes da aldeia de Valonguinho, freguesia de Barrô, no concelho de Resende, só conseguem sair da aldeia a pé, depois de a estrada ter ruído na sequência do mau tempo.

Maria de Medeiros, de 51 anos, vive em Valonguinho ¿ distrito de Viseu - desde os seis e nunca se lembra de ver a sua aldeia isolada do resto da freguesia.

«Estamos isolados desde as 10:30 de sexta-feira. É a primeira vez que isto acontece», revelou à Agência Lusa.

De acordo com esta habitante de Valonguinho, na sexta-feira logo cedo, quando se deslocava para a quinta do irmão, apercebeu-se que a estrada estava a começar a ruir.

«Vi que estavam a abrir crateras no chão e chamámos a Protecção Civil para compor a estrada, mas era menos perigoso deixá-la abater», sustentou.

Em Valonguinho, moram atualmente seis casais, que, no domingo, receberam a visita Pascal a pé.

«Já antes de haver a estrada as pessoas andavam a pé. E foi assim que recebemos a visita Pascal», sublinhou.

Hoje é dia de visita Pascal nas restantes povoações da freguesia de Barrô, onde tem residência Manuel Monteiro, de 80 anos, que se desloca em cadeira de rodas.

Durante o fim de semana esteve em casa da filha e do genro, em Valonguinho, e foi com a ajuda dos seus familiares que conseguiu sair esta manhã da aldeia.

«Tivemos de o levar na cadeira de rodas em peso, na parte da estrada que ruiu, para podermos levá-lo à visita Pascal em Barrô», contou Luís Soares, de 57 anos.

O habitante explicou que, na sexta-feira, ainda passaram dois carros na estrada que cedeu, o seu genro e um outro rapaz da aldeia, mas «depois foi tudo de arrasto».

Os populares aguardam agora que a estrada seja reparada.

«Disseram-nos que vinham cá hoje tratar disso. Vamos lá ver se fica rapidamente tratado», concluiu.
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