"Visitando a praia e não falando a partir de Lisboa, sem conhecer a realidade, conclui-se que esta intervenção é decisiva e sensata", disse à agência Lusa, o ministro Jorge Moreira da Silva, ao visitar as obras naquela praia, no concelho de Lagos, Algarve.
A empreitada, orçada em 1,8 milhões de euros, prevê a alimentação artificial com 140 mil metros cúbicos de areia, a construção de um esporão e a consolidação das arribas que a apresentam sinais de instabilidade.
"Várias pessoas têm vindo a dizer que estamos a destruir uma das praias mais bonitas do mundo, mas o que está aqui em causa é a articulação de dois princípios essenciais: A segurança de pessoas e bens e a valorização da praia e a conservação deste património", destacou o ministro.
Na opinião do governante, os dois princípios "devem ser compatibilizados, e não escolher uma das coisas, entre segurança e valorização"
"Não podemos sacrificar a segurança de pessoas, só porque queremos manter intacta uma determinada dimensão paisagística, como também não podemos atentar contra essa dimensão paisagística à força de querermos proteger a segurança das pessoas sem olhar para os métodos mais adequados", concluiu.
Jorge Moreira da Silva iniciou hoje de manhã uma visita pelas obras de proteção e valorização do litoral alentejano e algarvio, culminando o dia com uma reunião na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Algarve, sobre as intervenções em curso na Ria Formosa.