A derrocada que aconteceu no passado dia 21 de Agosto na praia Maria Luísa, em Albufeira, e que matou cinco pessoas, era «imprevisível», avança a agência Lusa, que cita um parecer científico a que teve acesso, esta sexta-feira.
O mesmo documento, no entanto, não iliba o Estado que acusa mesmo de ter «algumas responsabilidades» devido à falta de esclarecimentos adequados à população.
O parecer científico elaborado pela da Universidade do Algarve considera que: a vibração, a força da água, a queda de pequenas pedras e blocos, contrastes térmicos, vento, compressão e descompressão provocada pelas ondas ou a vegetação são alguns dos muitos eventos que apresentam «um grau muito elevado de imprevisibilidade na ocorrência temporal» de derrocadas.
Acidente «natural»
«Este lamentável acidente, que no seu processo geológico é absolutamente natural, regista-se de forma gravosa pela existência de pessoas no local, porventura devido à falta de adequado esclarecimento dessas mesmas pessoas sobre os riscos que corriam, o que permite assacar algumas responsabilidades ao Estado, de forma genérica», lê-se ainda no já referido documento.
Em declarações à Lusa Óscar Ferreira, geólogo e um dos especialistas responsáveis pelo parecer explica que o documento foi elaborado «cerca de uma semana depois do acidente de 21 de Agosto de 2009».
Uma das recomendações deixadas às autoridades é «uma cuidada revisão de sinalética e de informação auxiliar em todas as praias com riscos similares» aos da Maria Luísa.
O parecer foi enviado esta semana para o Ministério do Ambiente com um anexo ao relatório da Administração da Região Hidrográfica do Algarve (ARH).
Fonte do Ministério do Ambiente adiantou ainda à Lusa que não estava prevista ser feita, esta sexta-feira, nenhuma declaração sobre o relatório da ARH a propósito do acidente.
Albufeira: derrocada «imprevisível»
- tvi24
- PP
- 25 set 2009, 15:40
Parecer científico atribui, no entanto, «algumas responsabilidades» ao Estado
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