Matosinhos: buscas por criança continuam - TVI

Matosinhos: buscas por criança continuam

Buscas de menino quatro anos continuam

Populares mostram indignação junto às equipas no local

Última actualização às 17:07

Indiferentes à indignação manifestada por alguns populares, a equipa que busca a criança levada pelo mar domingo à tarde na praia da Quebrada, em Matosinhos, concentrou esta segunda-feira todos os esforços no local do desaparecimento.

Em pequenos grupos, os populares criticavam a falta de uma placa a informar que «a praia é perigosa» e que é mesmo «a mais perigosa da zona».

Buscas retomadas esta manhã

«Já aqui morreram alguns e outros irão morrer, a não ser que alguma coisa mude por aqui. Ontem [domingo], o dia estava muito quente, estava muita gente na praia e os meninos jogavam à bola quando a tragédia aconteceu», contou à Lusa Albino Gonçalves, um morador que «quase» presenciou os acontecimentos.

Hoje reuniu-se com alguns companheiros para assistir aos trabalhos, lamentando que, em dias quentes como os que hoje se vivem, não exista vigilância das praias mais perigosas, nesta e em todas as outras do país, onde também têm ocorrido tragédias semelhantes.

«Andaram a limpar a praia, porque é que não colocaram aqui uma tabuleta?» - questionava também Agostinho Moreira.

60 homens na busca

Durante toda a manhã, cerca de 60 homens procuraram um sinal da criança desaparecida na costa e no mar, tendo identificado o local exacto do desaparecimento com recurso a cães da Associação Cinotécnica de busca e salvamento.

As buscas foram então concentradas no aglomerado de rochas existentes junto ao local onde a criança desapareceu.

Às 12:00, com a baixa-mar, os meios foram reforçados com a chegada de dois mergulhadores e as autoridades esperam que o corpo seja encontrado a partir de hoje.

«O normal nos adultos é que o corpo venha à superfície três a cinco dias depois, nas crianças demora entre um e dois dias», explicou aos jornalistas um elemento da Polícia Marítima.

Pais acompanham operação

Alheios à azáfama vivida no local, mas a par do evoluir de toda a operação, os pais da criança esperavam no interior de uma ambulância, sob a vigilância de uma equipa de psicólogos do Instituto Nacional de Emergência Médica.

No local, esteve também esta tarde o futebolista internacional português Simão Sabrosa, tio da criança.
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