Legionella: Loures adota medidas de prevenção, mesmo sem casos - TVI

Legionella: Loures adota medidas de prevenção, mesmo sem casos

Legionella [Reuters]

Autarquia justifica decisão com a «proximidade aos locais onde o foco da doença se desenvolve»

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A Câmara de Loures anunciou esta noite que também adotou medidas de prevenção do surto de legionella, nomeadamente o encerramento das piscinas de Santa Iria de Azoia e a monitorização diária da água da rede municipal.

Em comunicado, publicado já ao final desta noite na página da internet da autarquia, a Câmara de Loures refere que «não há nenhum indicador que aponte para a existência de um foco no concelho de Loures», mas que tomou medidas de prevenção.

«Foram feitas desde sexta-feira análises diárias, quer pela EPAL (Empresa Portuguesa das Águas Livres), quer pelos Serviços Intermunicipalizados de Água e Resíduos (SIMAR), à água fornecida aos munícipes que confirmaram a inexistência de contaminação da água potável fornecida aos concelhos de Loures e Odivelas», refere a comunicação.

A mesma nota informa que a autarquia pediu à EPAL para aumentar a dose de cloro na água fornecida aos SIMAR, «de forma a diminuir a possibilidade de haver qualquer contaminação através da rede pública».

A autarquia informa ainda que «foram desligadas todas as fontes ornamentais como forma de prevenir possíveis situações de propagação da bactéria» e suspensa «temporariamente» a atividade da piscina municipal de Santa Iria de Azóia, «face à proximidade aos locais onde o foco da doença se desenvolve».

No entanto, a Câmara de Loures esclarece que «são medidas preventivas que foram tomadas para precaver eventuais situações e que não decorrem de qualquer indicação ou suspeita de existir um foco no concelho».

A legionella, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, foi detetada na sexta-feira no concelho de Vila Franca de Xira, tendo provocado a infeção em 233 pessoas e a morte de cinco.

Ainda não é conhecida a origem do surto que provocou a infeção de 233 pessoas, 228 da região de Lisboa e Vale do Tejo, três da região centro e dois da região norte.

Todos os casos, de acordo com a DGS, «têm ligação epidemiológica ao surto que decorre em Vila Franca de Xira».

A Doença do Legionário transmite-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Logo no sábado, o Ministério da Saúde anunciou um plano de contingência para lidar com o surto e iniciou-se um inquérito epidemiológico. 
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