O presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) mostra-se crítico em relação aos exames médicos, feitos aos condutores, para a renovação das cartas de condução. José Manuel Trigoso, trabalhador na empresa há quase 40 anos, considera-os pouco fiáveis.
«Formalmente cumprimos os preceitos exigidos. Mas qual é a fiabilidade desses exames? Nenhuma», manifestou, em declarações à agência Lusa.
Mostra-se desagradado, uma vez que os exames são geralmente realizados por médicos de clínica geral e não por especialistas nas áreas de oftalmologia ou otorrinolaringologia, ainda que tenha conhecimento que já há testes realizados em empresas de ótica.
Para o líder do PRP a visão é o sentido mais importante, na hora de conduzir uma viatura, uma vez que 80 por cento da informação chega através da vista, e em Portugal obtém-se o certificado com demasiada facilidade.
«Cá, pactuamos com uma falta de rigor muito grande. Há a cultura de facilitar o exame. Dá cá o papel que eu preciso», acusa. O que não acontece noutros países, sabe José Manuel Fragoso, que presidiu à Prevenção Rodoviária Internacional, que engloba centenas de países.
Na Holanda, Reino Unido ou Suécia «quando é obrigatório obter um atestado, a sociedade organiza-se de modo a que o que ele atesta seja verdade» e esses países estão mais avançados na prevenção de acidentes rodoviários.
Exames médicos para renovar carta de condução sem fiabilidade
- tvi24
- MA
- 24 fev 2012, 12:06
Afirmação é do Presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa
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