20 mil contra «imposições» do Governo - TVI

20 mil contra «imposições» do Governo

Cordão humano de professores

Sindicatos entregam abaixo-assinado contra concurso de professores

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O concurso de colocação de professores arranca sexta-feira, no dia em que os sindicatos entregam um abaixo-assinado com cerca de 20 mil assinaturas contra as novas regras de recrutamento, que acusam o Governo de «impor unilateralmente», escreve a Lusa.

«Trata-se de um concurso em que se reflectem de forma inequívoca as medidas economicistas que o Ministério da Educação foi tomando ao longo dos últimos anos», afirma a Plataforma Sindical de Professores, sublinhando que o procedimento poderá deixar perto de 20 mil docentes sem colocação, sobretudo dos quadros de zona pedagógica (QZP) e contratados.

Segundo as novas regras, as colocações serão válidas para quatro anos e não para três, como aconteceu em 2006, enquanto os quadros de escola e de zona pedagógica vão ser transferidos gradualmente para quadros de agrupamento. Por outro lado, a avaliação de desempenho já será considerada no recrutamento de 2013 para a maioria dos professores, enquanto as colocações cíclicas são substituídas por uma bolsa de recrutamento.

«É um abaixo-assinado de protesto contra estas regras de concurso uma vez mais impostas unilateralmente pelo Ministério da Educação, na sequência de mais um processo negocial em que nada do que de essencial as organizações sindicais propuseram foi considerado», criticam os sindicatos.

Segundo o Governo, as alterações introduzidas ao diploma dos concursos «visam ajustar os quadros às verdadeiras necessidades dos agrupamentos e das escolas não agrupadas, dar maior estabilidade aos quadros e às colocações efectuadas e proceder com maior rapidez nas situações de substituição temporária de professores».

Na terça-feira, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, anunciou a abertura de 20.603 vagas nos quadros das escolas. Destas, cerca de 18 mil serão para a transferência de professores dos quadros de zona pedagógica para os quadros de escola. Assim, sobram cerca de 2.600 lugares disponíveis para os contratados entrarem nos quadros.

O Governo prevê ainda que sete mil docentes dos QZP sejam colocados em necessidades transitórias e que outros cinco mil possam ficar sem colocação e integrar a bolsa de recrutamento do ME.

Segundo a Fenprof, o concurso deste ano será «o maior despedimento de sempre de professores».
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