Educação: Governo e sindicatos voltam às negociações - TVI

Educação: Governo e sindicatos voltam às negociações

Isabel Alçada no Parlamento

Estruturas sindicais e movimentos de professores querem suspender o processo de avaliação e o fim da divisão da carreira docente

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Os sindicatos de professores e o Ministério da Educação retomam esta terça-feira os contactos, agora com a ministra Isabel Alçada, para uma nova tentativa de acordo em torno de questões como a avaliação e a carreira, refere a Lusa.

A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) espera que nesta primeira reunião com a nova equipa ministerial seja anunciado o fim da divisão da carreira dos professores em duas categorias (professor e professor titular).

O presidente da FNE, João Dias da Silva, considera «fundamental que se clarifique» desde logo esta questão, bem como o processo de avaliação de desempenho dos professores, por forma a que não tenha impactos em avaliações já concluídas.

Estes são também os temas que mais preocupam a Federação Nacional dos Professores (FENPROF). Para esta estrutura o maior desafio que a ministra enfrenta é «ganhar os professores», depois do clima de crispação que marcou a anterior legislatura.

Apesar de considerar que já houve alguns sinais negativos por parte do primeiro-ministro, José Sócrates, a FENPROF vai para a reunião «com expectativa».

À margem da discussão do programa do Governo, na semana passada, Isabel Alçada disse que é preciso transformar a «polémica» e a «agitação» em torno da avaliação em «comunicação efectiva» e «diálogo», mas rejeitou a suspensão do processo.

A Associação Nacional dos Professores (ANP) espera que na reunião de hoje entre Governo e sindicatos seja definida uma agenda «cautelosa», que abra caminho a uma solução «consistente» em matéria de avaliação de desempenho e Estatuto da Carreira Docente.

«Aquilo que será expectável é que se defina uma agenda que classificaria de cautelosa, no sentido de que não houvesse pressa de encontrar uma qualquer solução, mas um caminho para uma solução consistente», afirma o presidente da ANP, João Grancho.

Por seu lado, os movimentos independentes de professores apelam aos sindicatos para que tenham «firmeza» e «determinação» durante as reuniões de hoje com o Governo, sublinhando que nenhum acordo deverá ser alcançado sem a suspensão da avaliação e o fim da divisão da carreira.
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