«Quem está indisponível para negociar não é o Ministério da Educação» - TVI

«Quem está indisponível para negociar não é o Ministério da Educação»

Manifestação de professores

Secretário de Estado da Educação lamentou que a Fenprof tenha «entendido abandonar a reunião sobre a avaliação»

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O secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, lamentou que a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) tenha «entendido abandonar a reunião sobre a avaliação de desempenho» com o ministério, colocando «algumas condições prévias absolutamente inaceitáveis».

«Lamentamos profundamente que a Fenprof tenha entendido abandonar a reunião» e colocado «condições prévias, algumas delas absolutamente inaceitáveis, para iniciar a conversa» sobre o processo de avaliação dos professores, disse.

Portanto, continuou, «quem está indisponível e intransigente para negociar não é o Ministério da Educação (ME)», afirmou.

Mário Nogueira alegou «não haver mais nada a discutir», depois de a ministra recusar suspender o processo e avaliação dos professores.

O secretário de Estado lamentou a «atitude» da Fenprof, insistindo que a abertura do ME é «total» e que existe disponibilidade para ouvir «todos os parceiros».

«Lamentamos ainda que a Fenprof tenha apelado ao incumprimento da lei e a formas de luta que colocam em causa os interesses dos alunos e das famílias», acrescentou o secretário de Estado.

Eventuais alterações nos próximos dias

Segundo Jorge Pedreira, a audição dos parceiros e dos conselhos executivos sobre a avaliação de desempenho dos professores «termina hoje», sendo que, «nos próximos dias», o ME vai apresentar eventuais alterações ao modelo definido.

«Nos próximos dias, o ME terá várias respostas, muito significativas e importantes, para dar no sentido de corrigir o que deve ser corrigido e para fazer, nas melhores condições possíveis, a avaliação de desempenho, que é absolutamente essencial para melhorar a escola pública portuguesa», disse.

«Queremos que as regras e as correcções sejam conhecidas o mais rapidamente possível. O que está em causa é fazer, é corrigir e modificar aquilo que é necessário. Não faz sentido estar a corrigir e a modificar para não fazer», sublinhou.

O governante alertou ainda que, caso avance uma eventual greve dos professores na semana das reuniões de avaliação do primeiro período, o protesto será «extremamente censurável».

«Se puser em causa os interesses e os direitos das crianças, dos jovens e das famílias, seria uma atitude extremamente censurável da parte das associações sindicais», disse.

As famílias, reforçou o governante, «não compreenderiam que, por interesses corporativos, os professores colocassem em causa os interesses das crianças e dos jovens». «Estou certo que os professores não o irão fazer», acrescentou.
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