"Alexandra Borges": descobertos dezenas de novos nomes de crianças adotadas por bispos e membros da IURD - TVI

"Alexandra Borges": descobertos dezenas de novos nomes de crianças adotadas por bispos e membros da IURD

Tráfico de pessoas, associação criminosa e corrupção são alguns dos crimes públicos que o Ministério Público diz estarem em causa no inquérito às adoções da IURD, mas que considerou prescritos criminalmente, decidindo arquivar o processo. Os criminosos já não podem ser punidos porque passou muito tempo e os crimes, apesar de muito graves, já prescreveram. Mas a investigação jornalística da TVI continua com novas revelações

Tráfico de pessoas, associação criminosa e corrupção são alguns dos crimes públicos que o Ministério Público diz estarem em causa no inquérito às adoções da IURD, mas que considerou prescritos criminalmente, decidindo arquivar o processo. Os criminosos já não podem ser punidos porque passou muito tempo e os crimes, apesar de muito graves, já prescreveram.

Este foi um inquérito que demorou um ano e cinco meses, mas que nem sequer ouviu os principais envolvidos como por exemplo o bispo Edir Macedo, que esteve em Portugal, enquanto decorria esta investigação.

Os advogados das mães e pai biológicos vão requerer a abertura da instrução porque dizem que estes crimes são graves e ainda não prescreveram.

O despacho de arquivamento do Ministério Público confirma, preto no branco, os factos denunciados na investigação jornalística da TVI. Fica claro que houve um esquema ilegal na adoção de Vera, Luís e Fábio, filhos biológicos de Maria. Um plano que foi arquitetado pelo próprio bispo Macedo com a ajuda de Alice Andrade, sua secretária particular e que foi uma testa de ferro nestas adoções. O despacho também fala em Joaquim, um recém-nascido, filho de uma mãe débil mental que foi entregue a Nidia Martins, a advogada do lar da IURD, mal saiu da maternidade. Um caso que a TVI conhecia mas que, por não ter provas suficientes, nunca revelou.

Mas uma coisa é a investigação judiciária cujos crimes estão prescritos e outra, a investigação jornalística. Agora, a TVI descobriu que desapareceram páginas do processo de confiança judicial e adoção de uma das crianças do lar da IURD e que outros processos foram destruídos.

Descobriu dezenas de novos nomes de crianças que acabaram adotadas por bispos, pastores e membros da Igreja Universal, sempre através deste lar que não estava licenciado e que por isso nem sequer era fiscalizado pela Segurança Social, e tem provas de que Clara Roque, uma das técnicas da Santa Casa da Misericórdia que tratava da adoção de todas as crianças do lar da Igreja Universal, recebeu uma viagem de férias ao Brasil da mão de um bispo da IURD, enquanto estava a tratar do seu processo para adoção de uma destas crianças.

 

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