"Alexandra Borges": o tráfico de jogadores que o futebol português quer esconder - TVI

"Alexandra Borges": o tráfico de jogadores que o futebol português quer esconder

Aliciados para jogar em Portugal, pagam milhares de euros a intermediários por promessas de grandes contratos e de um futuro melhor. Mas acabam abandonados e entregues à própria sorte

Há um lado negro que o futebol português quer esconder: o tráfico de jogadores.

Aliciados para jogar em Portugal, pagam milhares de euros a intermediários por promessas de grandes contratos e de um futuro melhor. Mas acabam abandonados e entregues à própria sorte. Sem receber ordenado, muitas vezes em situação irregular, sem casa e sem comida.

São jovens jogadores, na maioria africanos ou da América do Sul.

Contactados por empresários ou intermediários, chegam com visto de turista e aceitam jogar em clubes de divisões distritais em Portugal.

Os futebolistas que conseguem ser inscritos nas competições da Federação Portuguesa de Futebol chegam a sujeitar-se a situações de negligência e de pobreza para não fecharem a porta ao sonho de triunfar no futebol.

Em casos como o dos jogadores do Nazarenos, enganados pela empresa brasileira CBF, há relatos de abandono, fome e falta de teto para dormir.

Aos que não conseguem equipa para jogar, resta a alternativa de regressar ao país de origem ou de tentar outra profissão.

A Federação Portuguesa de Futebol e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras garantem que as situações irregulares estão identificadas e que as leis dos tribunais e do futebol são apertadas.

Mas a Investigação da TVI encontrou vários jogadores estrangeiros a passarem por situações difíceis e de negligência. Jogadores enganados por empresários e clubes.

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